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Ricardo Haag

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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Aula 23 - RAÇAS E NAÇÕES



6.1 Início das raças e nações

• Relembrando a aula anterior; Noé saiu da arca e Deus vem logo falar com ele, indicando assim que Noé seria o canal de Deus, o vice-regente aqui na terra. Vimos que Deus deu novas ordens. Deus mudou o relacionamento do homem com os animais, determinando que a partir de agora a raça humana poderia comer carne, além de ervas. Vimos e estudamos que havia um motivo para essa determinação.

• A partir do dilúvio, Deus estava estabelecendo um governo, um reino na terra. Estava dando leis e iria indicar as pessoas que governariam sobre os homens. Vimos por último que Deus fez uma aliança com a raça humana, uma aliança que estabelecia que nunca mais toda a toda carne seria destruída pelas águas do dilúvio, que nunca mais haveria dilúvio para destruir a terra.

 II Pedro 3:5~7; os céus e a terra de agora estão guardados para o fogo.
 Apocalipse 21:1; novo céu e nova terra.

• Sempre que Deus estabelece uma aliança com o homem, Deus coloca um sinal para essa aliança; aqui Deus colocou o arco-íris, o Seu arco. O motivo é que sempre que o arco aparecesse no céu, o homem e o próprio Deus se lembrem do pacto de Deus firmado com a terra.

• Desde o princípio com Adão, Deus entregou ao homem o dever de governar e controlar a vida aqui na terra e essa ordem não foi retirada com Noé e seus filhos. Veremos que Deus inicia uma nova fase; estava estabelecendo um governo, o Seu reino aqui na terra dirigido por homens que Ele iria escolher.

• Apesar de Noé ter sido escolhido e a Bíblia relatar que ele andava com Deus, veremos que a velha natureza pecaminosa, a natureza adâmica, estava ainda presente em Noé. Precisamos ter consciência de que essa natureza está em nós, termos total dependência de Deus e desconfiarmos de tudo que é da carne. Precisamos de Deus, pois temos a velha natureza ainda em nós.

• Gênesis 9:18~19
Lendo o V.18 vemos uma coisa destoando na leitura, uma coisa que aparentemente não tem nada a ver com o texto; "Ora, os filhos de Noé, que saíram da arca, foram Sem, Cão e Jafé;" e então o verso diz: "Cão é o pai de Canaã". Não é estranha essa citação na seqüência do verso? Veremos adiante que Cão teve muitos outros filhos, mas aqui o texto chama a atenção falando de Canaã. Sempre que a Bíblia ressalta alguém dessa forma, veremos muito isso quando aparecem genealogias, temos que prestar muita atenção nesse personagem.

• Porque o texto ressaltou "Cão é o pai de Canaã"? Porque não citou também algum filho de Sem ou de Jafé?
 Gênesis 9:20~29

Vemos neste texto que Cão fez uma coisa muito grave (V.22), e quem foi amaldiçoado, quem recebeu a maldição? (V.24 e V.25), Canaã e não Cão.

• Deus é "a justiça perfeita", portanto tudo que Ele faz e determina é perfeitamente justo. Só podemos concluir neste texto que esse ato de Cão foi muito sério. Na época de Noé, deveria ser assim em todas as épocas, a nudez era uma coisa extremamente vergonhosa. Deus usa a figura da nudez, já estudamos isso, como símbolo de total desproteção, símbolo de vergonha, de tudo que é ruim. Era extremamente vergonhoso ver-se a nudez de alguém, muito mais um filho ver a nudez de seu pai.

• Alguns interpretam esse texto dizendo que houve uma tentativa de um ato imoral de Cão para com seu pai, mas não temos nenhuma evidência bíblica para concluir isso, há até uma teologia que ensina isso. Mas que foi uma coisa muito grave o que Cão fez, foi. Talvez ele quisesse quebrar a autoridade de seu pai, como se fosse uma rebelião. Noé era o canal de Deus, era o vice-regente de Deus na terra.

• Mas porque Noé amaldiçoou Canaã e não Cão? Quando estudamos na história bíblica os acontecimentos que se sucederam, entendemos o porque. O que Noé falou: "Maldito seja Canaã", significou que Canaã iria ser para Cão, iria envergonhar Cão, iria desonrar Cão, como ele Cão tinha feito Noé. Quando examinamos a história dos cananitas, os cananeus que estavam lá na terra de Canaã, vemos as prática medonhas que eles tinham e porque Deus mandou exterminá-los.

• Essa maldição de Noé sobre Canaã, não foi porque Noé ficou com "raiva" e falou aquilo por desaforo. Quando um patriarca abria a sua boca para bendizer ou maldizer os seus filhos, eram profecias dadas por Deus. Eles iriam falar aquilo querendo ou não querendo. Isso é provado com muitas passagens na Bíblia.

 Gênesis 27:38~40; palavras duras de Isaque para Esaú que era o seu filho predileto.

Os patriarcas profetizavam sobre seus descendentes, e foi o que aconteceu com Noé. O que Noé profetizou, vemos que aconteceu com os cananeus.

• V.26 e V.27; Deus, através da boca de Noé, estava profetizando as características principais que teriam os três filhos de Noé e seus descendentes. Servo, subentende-se que haveriam homens governando homens; era o governo sendo estabelecido na terra. Vemos aqui, com a profecia dada a Noé, que Sem e Jafé tomaram a liderança.

• Gênesis 10:1~32

As genealogias são dadas na Bíblia para chegarmos até Jesus Cristo.
o Cão (ou Ham) V.6 ao V.20; Cão significa "preto ou quente". Não sabemos se Cão era preto, mas os genes que deram origem a raça negra estavam em Cão. Canaã eram tribos que descenderam de Cão e habitavam a palestina; todos aqueles povos que foram expulsos da terra prometida, vieram de Cão. Pute hoje é Líbia; Mizraim é o Egito; Cuche é o Iraque. A Etiópia e vários outras tribos da África vieram de Cão.

o Sem (ou Chem) V.21 ao V.31; Chem significa "nome". Dele vieram os Assírios, os Árabes e os Hebreus; Abraão vem de Sem. O filho de Sem que deu origem à Israel chamava-se Arfaxade. De Sem vem toda a descendência de Abraão, por isso os israelitas são chamados de Semitas.

o Jafé V.2 ao V.5; Jafé significa "expansão". Dele vieram a maioria dos povos da terra. Os Russo, Gregos, Italianos, Franceses, Espanhóis, Alemães, Celtas, Eslavos, Escandinavos, Getes, Centões, Belgas, Anglo-saxônicos, Holandeses, Suíços, Hindus, Persas, Búlgaros, Japoneses e provavelmente os Chineses.

• Esse é um quadro bem geral da formação dos povos e descendências dos filhos de Noé; temos aí a origem das nações que temos hoje no mundo; Gênesis 9:19. O que vimos é muito simplificado, se você procurar em alguma enciclopédia e começar a pesquisar, como p.ex a Enciclopédia Britânica, você terá uma visão mais profunda do assunto.

• Gênesis 9:26; "Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem".

Sem (Chem) significa "nome" e Jeová é o nome de Deus. Quando Moisés estava para tirar o povo do Egito, ele disse para Deus: "vou falar ao povo, quem me mandou fazer isso?" Deus então apresenta-se com o nome Jeová. Esse é o mesmo nome citado aqui em Gênesis 9:26; "Bendito seja Jeová Deus de Sem". Jesus veio à terra através de Israel, que descende de Sem, por isso que Sem é nome.

• Gênesis 9:27; "e habite Jafé nas tendas de Sem".

Deus aqui está mostrando que Jafé tomaria parte das bênçãos que viriam sobre Sem. Hoje quando olhamos para as nações, vemos que realmente a maior extensão, o maior domínio, está com os povos jaféticos. São esses povos que mais espalham a Palavra de Deus na terra; por isso Jafé significa expansão.

• Idade dos patriarcas:
Adão viveu 930 anos Sem 600
Sete 912 Arfaxade 438
Enos 905 Selá 430
Quenã 910 Eber 464
Maalalel 895 Pelegue 239
Jarede 962 Reú 239
Enoque 365 * Serugue 230
Matusalem 969 Naor 148
Lameque 777 Terá 205
Noé 950 Abraão 175
* Enoque foge a regra, pois foi arrebatado por Deus.

• Gênesis 10:25; nos dias de Pelegue foi dividida a terra.
Pode ser uma referência ao castigo que veio (veremos na próxima aula) sobre a cidade de Babel, a divisão das línguas, ou pode ser também aquela divisão celebre que houve entre a costa da África e a costa das Américas. Os nomes bíblicos sempre têm um significado.

• Analisando a genealogia acima, vemos que a idade dos patriarcas foi diminuindo aos poucos e de repente, após Pelegue, a idade diminui de 400 para 200 anos. Pode ter ocorrido uma drástica mudança climática na terra para que isso ocorresse devido a divisão dos continentes. Mas o mais certo é que o pecado foi (e está) deteriorando a raça humana e como conseqüência diminuindo a idade média das pessoas.

DEUTERONÔMIO - Repetição das leis e das instruções de Deus.


Segundo discurso de Moisés (5:12-6:19).

Este discurso é um convite para que Israel ouça a Deus que lhe falou face a face em Sinai. Note como Moisés repete a Lei com alguns ajustes necessários, adaptando-a assim à nova vida do povo do outro lado do Jordão. Não se trata de mera repetição dos regulamentos e das ordenanças. Cada palavra mostra que o coração de Moisés está cheio de zelo e de devoção a seu Deus. Ele fala para o bem daquela nação. O livro inteiro acentua a obediência à Lei uma obediência proveniente de um coração cheio de amor, não sob compulsão.

Primeiro, Moisés repete as Dez Palavras, os Dez Mandamentos, e diz a Israel que os observe, não se desviando nem para a direita nem para a esquerda, a fim de prolongar os seus dias na terra e se tornar numeroso. “Escuta, ó Israel: O Senhor, nosso Deus, é um só Deus.” (6:4) Israel precisa amar a Deus de coração, alma e força vital, e deve ensinar a seus filhos e lhes falar dos grandes sinais e milagres que Deus realizou no Egito. Não deve fazer alianças matrimoniais com os cananeus idólatras. Deus escolheu Israel para se tornar sua propriedade especial, não por ser numeroso, mas porque o ama e guardará a declaração juramentada que fez a seus antepassados. Israel precisa evitar o laço da religião demoníaca, precisa destruir as imagens que se acham no país e apegar-se a Deus, que é realmente “um Deus grande e atemorizante”. 7:21.

Deus humilhou os israelitas por 40 anos no ermo, ensinando-lhes que o homem vive não só de maná ou de pão, mas de toda expressão que sai da boca de Deus. Durante todos aqueles anos de correção, a roupa deles não se gastou, tampouco os seus pés se incharam. Agora estão prestes a entrar na terra de riqueza e fartura! Entretanto, precisam guardar-se dos laços do materialismo e da justiça própria, e lembrar-se de que Deus é ‘o dador de poder para produzir riqueza’ e aquele que desapossa as nações más. (8:18) Moisés recorda então as ocasiões em que Israel provocou a Deus. Os israelitas precisam lembrar-se de que a ira de Deus se acendeu contra eles no ermo por meio de pragas, fogo e morte! Precisam lembrar-se de sua adoração desastrosa do bezerro de ouro, que resultou na ira ardente de Deus e em refazer ele as tábuas da Lei!
(Êx.32:1-10, 35; 17:2-7; Núm.11:1-3, 31-35; 14:2-38) Certamente, precisam agora servir e apegar-se a Deus, que os amou por causa de seus antepassados e os tornou “como as estrelas dos céus em multidão”. Deut. 10:22.

Israel precisa guardar “o mandamento inteiro”, e sem falta obedecer a Deus, amando-o como seu Deus e servindo-o de todo o coração e de toda a alma. (11:8, 13) Deus os amparará e os recompensará se lhe obedecerem. No entanto, precisam aplicar-se e ensinar diligentemente a seus filhos. A escolha colocada diante de Israel é explicitamente declarada: a obediência conduz à bênção, a desobediência, à maldição. Não devem ‘seguir outros deuses’. (11:26-28) Moisés delineia a seguir leis específicas que têm a ver com Israel, ao passo que avança para tomar posse da Terra Prometida. São (1) leis relativas à religião e adoração; (2) leis relativas à administração da justiça, governo e guerra; e (3) leis que regulam a vida privativa e social do povo.

(1) Religião e adoração (12:1-16:17).

Quando os israelitas entrarem no país, todo vestígio da religião falsa seus altos, altares, colunas, postes sagrados e suas imagens precisa ser impreterivelmente destruído. Os israelitas precisam adorar unicamente no lugar em que o Senhor, seu Deus, escolher colocar o seu nome, e ali precisam regozijar-se nele, todos eles. Os regulamentos sobre o consumo de carne e sobre sacrifícios incluem lembretes constantes de que não devem comer sangue. “Apenas toma a firme resolução de não comer o sangue . . . Não o deves comer, para que te vá bem a ti e a teus filhos depois de ti, pois farás o que é direito aos olhos de Deus.” (12:16, 23-25, 27; 15:23) Em seguida, Moisés condena bem nitidamente a idolatria. Israel não deve nem mesmo procurar informar-se sobre os caminhos da religião falsa. Caso se prove que um profeta é falso, precisa ser morto, e os apóstatas mesmo que sejam parentes queridos ou amigos, sim, mesmo cidades inteiras precisam ser da mesma forma entregues à destruição. A seguir, vêm os regulamentos sobre alimentos puros e impuros, pagamento dos dízimos e assistência aos levitas. Os interesses dos endividados, dos pobres e dos escravos devem ser protegidos com amor. Finalmente, Moisés faz um retrospecto das festas anuais como ocasiões para agradecer a Deus as bênçãos concedidas: “Três vezes no ano, todo macho teu deve comparecer perante o Senhor, teu Deus, no lugar que ele escolher: na festividade dos pães não-fermentados, e na festividade das semanas, e na festividade das barracas, e ninguém deve comparecer perante Deus de mãos vazias.” 16:16.

(2) Justiça, governo e guerra (16:18-20:20).

Em primeiro lugar, Moisés dá as leis referentes a juízes e autoridades. A justiça é coisa de suma importância, pois Deus detesta o suborno e o desvirtuamento do julgamento. Esboça-se o processo quanto a estabelecer a evidência e regulamentar casos jurídicos. “Pela boca de duas ou três testemunhas deve ser morto aquele que há de morrer.” (17:6) Declaram-se as leis relativas a reis. Fazem-se provisões para os sacerdotes e os levitas. O espiritismo é proscrito, visto ser ‘detestável para Deus’. (18:12) Olhando para o futuro distante, Moisés profetiza a vinda do Messias: “Um profeta do teu próprio meio, dos teus irmãos, semelhante a mim, é quem o Senhor, teu Deus, te suscitará a este é que deveis escutar.” (18:15-19) Mas o falso profeta tem de ser morto. Esta parte conclui com leis relativas às cidades de refúgio e vingar sangue, bem como com qualificações para isenção do serviço militar e regulamentos sobre guerra.

(3) A vida privativa e social (21:1-26:19).

As leis que dizem respeito à vida cotidiana dos israelitas são apresentadas em questões tais como encontrar uma pessoa que foi morta, casamento com mulheres capturadas, direito do primogênito, filho rebelde, pendurar criminosos na cruz, evidência da virgindade, crimes sexuais, castração, filhos ilegítimos, tratamento dado aos estrangeiros, medidas sanitárias, pagar juros e cumprir votos, divórcio, rapto, empréstimos, salários e respigas após a ceifa. O limite para fustigar um homem deve ser de 40 golpes. O touro não deve ser açaimado quando debulha. Esboça-se o procedimento no caso de casamento com cunhado. Devem ser usados pesos exatos, pois Deus detesta a injustiça.

Antes de concluir este discurso fervoroso, Moisés relembra como Amaleque golpeou pela retaguarda os israelitas exaustos que fugiam do Egito, e Moisés ordena a Israel: “Deves extinguir a menção de Amaleque debaixo dos céus.” (25:19) Quando entrarem no país, deverão oferecer com regozijo os primeiros frutos do solo, e também os dízimos, com a seguinte oração de agradecimento a Deus: “Olha deveras para baixo desde a tua santa habitação, os céus, e abençoa teu povo Israel e o solo que nos deste, assim como juraste aos nossos antepassados, a terra que mana leite e mel.” (26:15) Se cumprirem estes mandamentos de todo o coração e de toda a alma, Deus, de sua parte, os ‘porá alto acima de todas as outras nações que fez, resultando em louvor, e em fama, e em beleza, ao passo que se mostram um povo santo para o Senhor, teu Deus, assim como ele prometeu’. 26:19.

Terceiro discurso de Moisés (27:1-28:68).

Neste, os anciãos de Israel e os sacerdotes juntam-se a Moisés quando ele enumera extensamente as maldições da parte de Deus pela desobediência e as bênçãos pela fidelidade. Avisos funestos são dados sobre os temíveis resultados da infidelidade. Se Israel, como seu povo santo, continuar a dar ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, receberá maravilhosas bênçãos, e todos os povos da terra verão que o nome de Deus é invocado sobre ele. Se, ao contrário, deixar de fazer isso, Deus enviará “a maldição, a confusão e a reprimenda”. (28:20) Será acometido de doenças repugnantes, será flagelado pela seca e pela fome; seus inimigos o perseguirão e o escravizarão, e será espalhado e aniquilado da terra. Estas maldições, e ainda mais, lhe sobrevirão se não ‘cuidar em cumprir todas as palavras desta lei que se acham escritas neste livro, de modo a temer este glorioso e atemorizante nome, sim, o Senhor, teu Deus’. 28:58.

Quarto discurso de Moisés (29:1-30:20).

Deus faz agora um pacto com Israel em Moabe. Este incorpora a Lei, conforme repetida e explicada por Moisés, o que servirá de guia para Israel ao entrar na Terra Prometida. O juramento solene que acompanha o pacto sublinha as responsabilidades daquela nação. Finalmente, Moisés chama os céus e a terra como testemunhas, pois coloca diante do povo a vida e a morte, a bênção e a maldição, e exorta: “Tens de escolher a vida para ficar vivo, tu e tua descendência, amando ao Senhor, teu Deus, escutando a sua voz e apegando-te a ele; pois ele é a tua vida e a longura dos teus dias, para morares no solo de que Deus jurou aos teus antepassados Abraão, Isaque e Jacó que lhes havia de dar.” 30:19, 20.

Josué é comissionado, e o cântico de Moisés (31:1-32:47).

O capítulo 31 relata que, depois de Moisés escrever a Lei e dar instruções relativas à sua leitura pública regular, ele comissiona a Josué, dizendo-lhe que seja corajoso e forte, e, daí, relata que Moisés prepara um cântico comemorativo e completa a escrita das palavras da Lei, bem como toma providências para que ela seja colocada ao lado da arca do pacto de Deus. Depois disso, Moisés enuncia as palavras do cântico perante a congregação inteira como exortação final.

Com quanto apreço Moisés inicia seu cântico, identificando a Fonte revigorante das instruções que recebeu! “Meu ensinamento gotejará como a chuva, minha declaração pingará como o orvalho, como chuvas suaves sobre a relva, e como chuvas copiosas sobre a vegetação. Pois declararei o nome de Deus.” Sim, atribua-se grandeza ao “nosso Deus”, “a Rocha”. (32:2-4) Torne-se conhecida a sua obra perfeita, seus justos caminhos, sua fidelidade, sua justiça e sua retidão. Foi vergonhoso Israel agir ruinosamente, embora Deus o cercasse num deserto vago e uivante, salvaguardando-o como a menina de seu olho e pairando sobre ele como a águia sobre seus filhotes. É graças a ele que seu povo engordou, e Deus o chamou de Jesurum, “Aquele Que É Reto”, mas os israelitas o incitaram ao ciúme com deuses estranhos e se tornaram “filhos em que não há fidelidade”. (32:20) A vingança e a retribuição pertencem a Deus. É ele quem faz morrer e faz viver. Quando afiar a sua espada reluzente e a sua mão segurar o julgamento, tomará deveras vingança de seus adversários. Que confiança isto deve inspirar no seu povo! Conforme diz o cântico, atingindo o seu clímax, é tempo de alegrar-se: “Alegrai-vos, ó nações, com o seu povo.” (32:43) Que poeta no mundo poderia compor uma obra que se aproximasse à beleza excelsa, ao poder e à profundidade de significado deste cântico em louvor a Deus?

A bênção final de Moisés (32:48-34:12).

Moisés recebe agora instruções finais concernentes à sua morte, mas ainda não terminou o seu serviço teocrático. Primeiro, precisa abençoar a Israel, e, ao fazer isto, ele enaltece novamente a Deus, o Rei de Jesurum, como que resplandecendo com suas santas miríades. As tribos recebem bênçãos individuais, sendo citadas por nome, e daí Moisés louva a Deus como o Eminente. “O Deus da antiguidade é um esconderijo, e por baixo há os braços que duram indefinidamente.” (33:27) Com coração cheio de apreço, ele fala então as suas palavras finais à nação: “Feliz és, ó Israel! Quem é semelhante a ti, um povo usufruindo salvação em Deus?” 33:29.
Depois de contemplar a Terra Prometida, de cima do monte Nebo, Moisés morre, e Deus o enterra em Moabe, não tendo sido conhecido nem honrado o seu sepulcro até o dia de hoje. Ele viveu até à idade de 120 anos, mas “seu olho não se havia turvado e seu vigor vital não lhe havia fugido”. Deus o usou para realizar grandes sinais e milagres e, conforme relata o último capítulo, não se levantou “em Israel um profeta semelhante a Moisés, a quem Deus conhecia face a face”. 34:7, 10.


TIRANDO PROVEITO PARA OS NOSSOS DIAS

Sendo o livro concludente do Pentateuco, Deuteronômio está em harmonia com tudo o que o precedeu em declarar e santificar o grande nome do Senhor Deus. Só ele é Deus, e exige devoção exclusiva, não tolerando rivalidade por parte de deuses-demônios da adoração religiosa falsa. No dia de hoje, todos os cristãos precisam prestar séria atenção aos grandes princípios por trás da lei de Deus e obedecer-Lhe, a fim de evitarem Sua maldição, quando ele afiar a sua espada reluzente para executar vingança sobre seus adversários. O seu maior e primeiro mandamento precisa tornar-se o marco indicador nas suas vidas: “Tens de amar ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de toda a tua força vital.” 6:5.

O restante das Escrituras faz freqüentes referências a Deuteronômio para aprofundar nosso apreço pelos propósitos divinos. Além de suas citações para responder ao Tentador, Jesus fez muitas outras referências a esse livro. (Deut.5:16Mat.15:4; Deut.17:6Mat.18:16 e João 8:17) Estas continuam até em Apocalipse, onde o glorificado Jesus adverte finalmente contra aumentar ou diminuir o rolo da profecia de Deus.
(Deut.4:2Ap.22:18) Pedro cita Deuteronômio ao encerrar o seu poderoso argumento de que Jesus é o Cristo e o Profeta maior que Moisés que Deus havia prometido suscitar em Israel. (Deut.18:15-19Atos 3:22, 23) Paulo faz referência a Deuteronômio quanto ao salário dos trabalhadores, investigação cabal que deve ser feita pelo depoimento de testemunhas e instrução dos filhos. Deut.25:4 , 1Cor. 9:8-10 e 1Tim.5:17, 18; Deut. 13:14 e 19:15, 1 Tim. 5:19 e 2 Cor.13:1; Deut. 5:16, Efé. 6:2, 3.

Não só os escritores das Escrituras Cristãs, mas também os servos de Deus dos tempos pré-cristãos receberam instrução e encorajamento de Deuteronômio. Faremos bem em seguir o exemplo deles. Consideremos a obediência implícita de Josué, sucessor de Moisés, em entregar à destruição as cidades conquistadas, durante a invasão de Canaã, não tomando despojo como o fez Acã. (Deut. 20:15-18 e Deut. 21:23Jos.8:24-27, 29) Em obediência à Lei, Gideão eliminou os ‘medrosos e temerosos’ de seu exército. (Deut. 20:1-9 Juí.7:1-11) Foi por fidelidade à lei de Deus que os profetas em Israel e Judá falaram destemida e corajosamente, condenando aquelas nações relapsas. Amós fornece um excelente exemplo disto. (Deut. 24:12-15 Amós 2:6-8) Deveras, há literalmente centenas de exemplos que ligam Deuteronômio com o restante da Palavra de Deus, mostrando assim que é parte integrante e proveitosa de um todo harmonioso.

A própria essência de Deuteronômio exala louvor ao Soberano Senhor Deus. O livro inteiro acentua: ‘Adorem a Deus; rendam-lhe devoção exclusiva.’ Embora a Lei não mais vigore para os cristãos, os princípios por trás dela não foram ab-rogados. (Gál. 3:19) Quantas coisas podem os verdadeiros cristãos aprender deste dinâmico livro da lei de Deus, com o seu ensinamento progressivo, sua franqueza e simplicidade de apresentação! Até mesmo as nações do mundo reconhecem a excelência da lei suprema de Deus, pois incorporaram muitos dos regulamentos de Deuteronômio nos seus próprios códigos de lei. A tabela acompanhante dá exemplos interessantes de leis a que recorreram ou aplicaram em princípio.

Outrossim, esta explicação da Lei chama atenção para o Reino de Deus e aprofunda o apreço por ele. De que modo? O Messias, Jesus Cristo, quando estava na terra, conhecia bem esse livro e o aplicava, conforme revelam as citações precisas que fazia dele. Estendendo o domínio do seu Reino, governará segundo os justos princípios desta mesma “lei”, e todos os que irão abençoar-se nele como o “descendente” (semente) do Reino terão de obedecer a estes princípios. (Gên. 22:18; Deut. 7:12-14) É benéfico e proveitoso começar a obedecer a esses princípios desde já. Longe de ser antiquada, esta “lei”, com 3.500 anos de existência, fala-nos hoje com voz cheia de força, e continuará a fazer isso no prometido e Reino de Deus. Continue a ser santificado o nome de Deus entre seu povo, ao passo que aplica todas as instruções proveitosas do Pentateuco, que tão gloriosamente atinge seu clímax em Deuteronômio uma parte verdadeiramente inspirada e inspiradora de “toda a Escritura”!

ALGUNS PRECEDENTES JURÍDICOS EM DEUTERONÔMIO

I. Leis pessoais e familiares
Capítulos e Versículos

A. Relações pessoais

1. Pais e filhos
5:16

2. Relações matrimoniais
22:30; 27:20, 22, 23

3. Leis sobre divórcio
22:13-19, 28, 29

B. Direitos de propriedade
22:1-4

II. Leis constitucionais
Capítulos e Versículos

A. Habilitações e deveres do rei
17:14-20

B. Regulamentos militares

1. Isenções do serviço militar
20:1, 5-7; 24:5

2. Oficiais subalternos
20:9

III. O poder judiciário
Capítulos e Versículos

A. Deveres dos juízes
16:18, 20

B. Supremo tribunal de recursos
17:8-11

IV. Direito penal
Capítulos e Versículos

A. Crimes contra o Estado

1. Suborno, perversão da justiça
16:19, 20

2. Perjúrio
5:20

B. Crimes contra os bons costumes

1. Adultério
5:18; 22:22-24

2. União ilícita
22:30; 27:20, 22, 23

C. Crimes contra a pessoa física

1. Assassínio e agressão
5:17; 27:24

2. Estupro e sedução
22:25-29

V. Leis humanitárias
Capítulos e Versículos

A. Bondade para com os animais
25:4; 22:6, 7

B. Consideração pelos desafortunados
24:6, 10-18

C. Código de segurança de edificações
22:8

D. Tratamento de classes dependentes, incluindo escravos e cativos
15:12-15; 21:10-14; 27:18, 19

E. Provisões filantrópicas para os necessitados
14:28, 29; 15:1-11; 16:11, 12; 24:19-22