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Ricardo Haag

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Aula 12 - Espírito

c) Espírito
• Vimos que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus; o homem foi criado para ser o reflexo de Deus aqui na terra. O homem podia ter tudo em comum com Deus, porque foi criado com um espírito e a Bíblia nos informa que Deus é espírito;
 João 4:24
• O homem podia entender perfeitamente a Deus, porque o espírito foi colocado nele para isso; é no espírito e só no espírito que você entende as coisas de Deus. Não há possibilidade de entendermos e conhecermos a Deus, entendermos a Palavra de Deus para a vida, intelectualmente. Você pode até entender intelectualmente, mas não fará sentido para sua vida.
 I Coríntios 1:18~25
 I Coríntios 2:12~16
• Com meu espírito eu conheço a Deus e as coisas espirituais; com minha alma conheço o intelecto, as emoções e o mundo intelectual; com o corpo eu conheço o mundo material.
• Muitas vezes queremos entender Deus em nossa emoção. P.ex., quando não estamos emocionados dizemos: "parece que Deus está tão longe". É porque queremos ter Deus na emoção e não há ligação com a emoção. O espírito não tem emoção, ele pode até tocar a minha emoção, mas eu não dependo de ter emoção para saber que Deus está comigo, para saber que Jesus nunca me deixa, nunca me abandona. A Palavra de Deus diz, meu espírito crê, acabou, é assim que funciona. Pode ser que minha alma não esteja alegre, mas a Bíblia falou, acabou. Isso é ter conhecimento de Deus pelo espírito.
• O espírito é composto basicamente de três áreas: intuição, adoração e consciência.

C.1) Introdução
• De maneira nenhuma refere-se àquela intuição natural com a qual nascemos e que se manifesta diretamente na alma. P.ex., as vezes pensamos em alguém, o telefone toca e é aquela pessoa; isso não tem nada com o nosso espírito, não é dom de profecia, dom de palavra de conhecimento. Quando isso acontece, é uma coisa normal da alma, que deve ser tratada normalmente sem muita preocupação, uns têm mais outros têm menos.
• A alma tem um poder incrível e muitas vezes é manipulada por Satanás para nos fazer ter a sensação de sinais e milagres, dizendo que são poderes do espírito e não são, são poderes da alma; não sabemos do que a alma é capaz. A alma do homem mal usada, em desobediência a Palavra de Deus, é capaz até de comandar o espírito para sair fora do corpo e fazer coisas a distância. Toda a parapsicologia usa os poderes da alma, completamente fora dos padrões de Deus. O poder não é de Satanás é da alma do homem, mas é influenciada por Satanás e seus demônios.
 Mateus 7:15~23
• Não é essa intuição a do espírito. A palavra intuição no espírito é apenas para diferenciar de raciocínio, é uma intuição. É a capacidade de recebermos a revelação de Deus na Palavra.
• Após lermos um trecho da Bíblia e relê-lo várias vezes, aquilo fez sentido para sua vida? Parece que você nunca mais vai esquecer? Então você diz: como não vi isso antes? A intuição funcionou, você recebeu a revelação da Palavra de Deus naquele trecho.
• Você enxergou aquilo com o seu espírito e não com o seu intelecto, apesar de termos a impressão que é no intelecto; é porque tudo vem para a nossa mente. Só que, quando aquilo faz sentido ("clic espiritual", "caiu a ficha"), então você diz: agora entendi tudo, agora fez sentido. Esse entender é o que vem para a prática, você passa a aplicá-lo em sua vida.
 Tiago 1:21~25
• Quando entendemos, pela Palavra de Deus, que temos autoridade sobre os demônios (antes era apenas um acreditar sem convicção, era mental) e faz sentido, usamos e veremos que funciona. Com a intuição vi que aquilo é verdade e vou passar a usar; é aquilo que vem para a sua vida prática. Isso veio do espírito, se fosse do intelecto não precisaria ler várias vezes. Quando algo faz sentido e vem para a sua vida, como uma coisa muito importante, que acabou de aprender e nunca mais vai largar, é nessa hora que a intuição do espírito agiu.
• A intuição vem para minha mente, só que não vejo esse mecanismo; ninguém vê, ninguém percebe. Você só percebe o resultado, que é aquilo que fez sentido e entrou para a sua vida; porque entender a Palavra de Deus é vivê-la. Não adianta você falar que entendeu e não passar a viver o que entendeu. Ler a Palavra de Deus e não vivê-la, é o mesmo que não lê-la.
• O intelecto quer ver e diz: "eu quero ver para crer". Já a fé diz: "eu não vejo mas creio". Muitas vezes somente quando você crer, é que vai ver; João 11:40. É pela intuição do espírito que entendemos as coisas de Deus. Deus só pode revelar Sua Palavra no espírito, porque é aí que está a semelhança. Só vou entender a linguagem de Deus onde há semelhança com Deus; é no espírito que se fala a língua do céu.
C.2) Adoração
• A adoração é a nossa resposta; só é feita no espírito e não é um ato isolado. O louvor é um ato isolado, a adoração não. Adoração é uma vida respondendo à fonte de vida, respondendo à revelação de Deus.
• Todas as vezes no dia a dia, que você pensa em Deus, tudo faz levar sua mente para Deus, esse reconhecimento de que Deus é tudo em você, isso é adoração.
• Adoração é a nossa resposta ao amor de Deus; isso é produzido em nosso espírito. Essa resposta é devida ao amor que Deus derramou em nós, pois nós não temos esse amor para responder ao amor de Deus. Nós amamos a Deus, porque Ele nos amou primeiro I João 4:19. Esse amor, que vem em resposta ao amor de Deus, é adoração.
• Só com meu espírito eu adoro. O diabo nos tapeia confundindo adoração com emoção; "se você não estiver nas nuvens", você não adora! Adora sim. É através da fé que você reconhece a revelação de Deus. Todas as vezes que você reconhece a revelação de Deus, que você recebe a revelação como verdade para sua vida e a resposta é automática, é uma coisa que passa a fazer parte da sua vida, isso é adoração. A adoração é produzida em nosso espírito pelo próprio amor de Deus.
C.3) Consciência
• É o uso literal dessa palavra: conhecer - com; a consciência no espírito, é o meu conhecimento com Deus. Conhecimento no mesmo nível, da mesma maneira como Deus conhece, eu conheço; é o padrão de Deus, presente no conhecimento de tudo.
• É com a consciência que eu reconheço a Palavra de Deus. Nesse sentido, eu tenho conhecimento com Deus, não só conhecimento de Deus, mas junto com Deus.
 Provérbios 8:13
 Provérbios 6:16~19
 Provérbios 9:10
• Cuidado, pois temos a consciência carnal, que não tem nada a ver com a consciência espiritual. A consciência carnal é desenvolvida, ela faz o bem ou o mal não pelo bem ou pelo mal em si, mas pela conveniência. P.ex.: ando a 100 km/h na estrada, não para obedecer a lei, não porque tenho prazer em obedecer a lei, mas porque pode aparecer um guarda e a multa é muito cara.
• A consciência carnal é elástica, essa consciência é mais fácil de detectarmos. Satanás vai colocando seus padrões, minando através da mídia e de tudo o que ele utiliza e a sua consciência vai se esticando, se esticando; coisas que você nem podia sonhar em falar passam a ser normais. P.ex.: o homossexualismo é normal, o amor livre é normal, o aborto é normal, pois todo mundo faz! E a sua consciência vai aceitando, é como um elástico, vai longe. Tudo passa a ser normal.
• Essa consciência, deveria cuidar da moralidade, ou melhor, manter a moralidade. É muito estranha a expressão "nova moralidade". A consciência carnal atua na base da conveniência, é conveniente, é comparadora, é elástica. Nova moralidade, é fazer o imoral ser aceito pela sociedade, é mudar a moralidade.
• A consciência espiritual é literalmente conhecer com Deus, é conhecer e reconhecer a Palavra de Deus; conhecer de uma maneira prática. É uma consciência de convicção; faz o bem pelo bem e rejeita o mal pelo mal, é completamente diferente da consciência carnal.
• Foi colocada em nós para andarmos de acordo com Deus, por isso foi colocada no espírito. Não é influenciada por acumulo de conhecimento, pelo ambiente ou pela criação. Mas ela tem um julgamento totalmente espontâneo, direto e imediato; bem é bem e mal é mal e quando se faz o mal ela acusa. Romanos 2:1~16
• Esse é o homem ideal, quando o espírito está em plena função, obedecendo a cadeia de comando de Deus: espírito - alma - corpo. O padrão de Deus está no interior do homem, chegou pela intuição, anda na prática e pode entender o objetivo de tudo que Deus quer.
•  I Pedro 1:16; sede santos porque Eu sou santo. É no espírito que você entende isso, e esse é o padrão. É alto, difícil de entender, mas Deus não iria colocar na Bíblia sem que houvesse opção para cumprirmos. É um processo que a igreja de Jesus Cristo tem que caminhar. Quem nasceu de novo, é igreja de Jesus Cristo, cujo Pai é Santo e os filhos têm que ser santos. Por isso digo que tenho que ser correto, para meu filho ver em mim o padrão; o filho anda no padrão do pai. Isso é modelo lá do céu, está distorcido hoje em dia pelo pecado, mas está impregnado no homem.

Os dez mandamentos



Moisés com as Tábuas da Lei, por RembrandtOs Dez Mandamentos ou o Decálogo é o nome dado ao conjunto de leis que segundo a Bíblia, teriam sido originalmente escritos por Deus em tábuas de pedra e entregues ao profeta Moisés (as Tábuas da Lei). As tábuas de pedra originais foram quebradas, de modo que, segundo Êxodo 34:1, Deus teve de escrever outras. Encontramos primeiramente os Dez Mandamentos em Êxodo 20:2-17. É repetido novamente em Deuteronômio 5:6-21, usando palavras similares.

Decálogo significa dez palavras (Ex 34,28). Estas palavras resumem a Lei, dada por Deus ao povo de Israel, no contexto da Aliança, por meio de Moisés. Este, ao apresentar os mandamentos do amor a Deus (os quatro primeiros) e ao próximo (os outros seis), traça, para o povo eleito e para cada um em particular, o caminho duma vida liberta da escravidão do pecado.

De acordo com o livro bíblico de Êxodo, Moisés conduziu os israelitas que haviam sido escravizados no Egito, atravessando o Mar Vermelho dirigindo-se ao Monte Horeb, na Península do Sinai. No sopé do Monte Sinai, Moisés ao receber as duas "Tábuas da Lei" contendo os Dez Mandamentos de Deus, estabeleceu solenemente um Pacto (ou Aliança) entre YHWH (ou JHVH) e povo de Israel.

Índice
1 Os dez mandamentos
1.1 O texto bíblico
1.2 Torá
1.3 Divisão dos mandamentos
1.4 Cristianismo
2 Tabela comparativa


Os dez mandamentos

Placa indicando os Dez Mandamentos em Araxá, Minas Gerais, Brasil.[editar] O texto bíblico
Eu sou YHWH, teu Deus [Elo.hím], que te fiz sair da terra do Egito, da casa dos escravos. Não terás outros deuses em desafio a Mim [o Deus de Abraão]. Não farás imagem esculpida [em hebraico péshel], referindo-se a ídolos, nem semelhança alguma do que há em cima nos ceús, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não adora-las-á, nem prestar-lhes-á culto, por que eu, YHWH, teu Deus, sou Deus zeloso ["Deus que exige devoção exclusiva" ou "Deus ciumento"; em hebraico El qan.ná e em grego Theós zelotes], e que puno o erro dos pais nos filhos até sobre a terceira geração e sobre a quarta geração dos que me odeiam, mas que uso de benevolência para com até a milésima geração dos que me amam e que guardam os meus mandamentos.

Não tomarás o nome de YHWH, teu Deus, em vão [ou "dum modo fútil", blasfêmia], pois YHWH não considerá impune aquele que tomar seu nome em vão.
Lembra-te do dia do Sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; mas o sétimo dia é o Sábado [em hebraico, shab.báth] de YHWH, teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez YHWH o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso YHWH abençoou o dia do Sábado, e o santificou.

Honra a teu pai e a tua mãe, a fim de que os teus dias se prolonguem sobre o solo que YHWH, teu Deus, te dá.
Não assassinarás [ou cometer homicídio, em hebraico lo tir cá.vit].
Não cometerás adultério [em hebraico lo tin.àf].
Não furtarás.
Não levantarás falso testemunho contra teu próximo.
Não cobiçarás [em hebraico, lo thahh.módh] a casa do teu próximo, nem a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu touro, nem seu jumento, nem qualquer coisa que pertença ao teu próximo..

Torá
Os Dez Mandamentos foram entregues no Monte Sinai ao povo hebreu, por Deus, através de Moisés, separadamente do restante da Torá (ensinamentos). De acordo com a Bíblia, os Mandamentos escritos nas duas tábuas da Lei, foram escritas pelo dedo do próprio Deus sendo que os demais foram ditados e escritos em pergaminhos por Moisés e ambos falados diretamente ao povo. Em hebraico (língua original dos Mandamentos), o número de letras dos Dez Mandamentos é equivalente a 613, o número total dos mandamentos da Torá.

Divisão dos mandamentos
Os versículos 2 a 17 são a divisão natural dos Dez Mandamentos. Flávio Josefo separa o versículo 3 como o primeiro Mandamento, os versículos 4 a 6 como o segundo mandamento, o versículo 7 é o terceiro mandamento, os versículos 8 a 11 são o quarto mandamento (o mais longo), e os versículos 12 a 17 são o quinto ao décimo mandamento (um versículo para cada mandamento) (Antigüidades Judaicas, Vol. 3, Cap. 5 §5). Outros inclusive Agostinho consideravam os versículos 3 a 6 como 1 só mandamento, mas dividiam o versículo 17 em dois mandamentos, o nono a respeito da cobiça da mulher alheia e o décimo contra cobiçar os seus pertences. A divisão de Agostinho foi adotada pela Igreja Católica Romana.

Cristianismo
Ver artigo principal: Lei de Deus na doutrina católica
Veja também: Mandamentos de amor.
Os cristãos reconhecem no Decálogo uma importância e um significado basilares. Algumas igrejas ordenam a sua completa observância. Outros enfatizam a importância de seguir seus princípios, pois creem que Cristo resumiu todos os mandamentos no amor a Deus e ao próximo.

Jesus interpreta a Lei do Amor da seguinte maneira: "Amarás a YHWH teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente e a teu próximo como a ti mesmo" Assim, Cristo dividiu a Lei conforme suas tábuas em o Amor a Deus na primeira tábua e o Amor ao próximo na segunda tábua. Estas palavras resumem a Lei, dada por Deus ao povo de Israel, no contexto da Aliança, por meio de Moisés.

Tabela comparativa
A passagem dos mandamentos no Êxodo contém mais que dez afirmações, totalizando 14 ou 15 no total. Enquanto a própria Bíblia assina a contagem de "10", usando a frase hebraica aseret had'varim— traduzida com as 10 palavras, afirmações ou coisas, essa frase não aparece nas passagens usualmente apresentadas como sendo "os Dez Mandamentos". Várias religiões dividem os mandamentos de modo diferente.

Notas:

* Algumas igrejas luteranas usam uma divisão levemente diferente entre o Nono e o Décimo Mandamentos (9. Não cobiçarás a casa do teu próximo; 10. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seus servos ou servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença.[1])
** Desde o cristianismo primitivo há divergências de opinião sobre a questão de o sábado ou o domingo deve ser observado como dia de descanso.[2] Posteriormente o dia de guarda foi confirmado como o domingo no Primeiro Concílio de Nicéia, e a guarda do sábado foi criminalizada no Concílio de Laodicéia.
*** O Judaismo afirma que essa é uma referência ao seqüestro, enquanto para o Cristianismo Levítico 19:11 é a referência bíblica ao furto de propriedade. Esse entendimento se baseia nas Hermenéuticas Talmudicas conhecidas por דבר הלמד מעניינו/davar ha-lamed me-inyano, (literalmente: algo provado pelo contexto), pelo qual isso deve referir-se a uma ofensa capital, sendo que os dois mandamentos anteriores se referem a ofensas capitais.[3]

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Aula 11 - Lição 03 - Crianção do Homem



4.3 Espírito - Alma - Corpo


• Na aula passada, vimos como Deus formou o homem e como o homem se compõe: Espírito, Alma e Corpo. Veremos agora, como cada parte é individualmente e como elas interagem-se entre si.


• Na tradução da Bíblia para o português, três palavras do grego foram traduzidas como vida. Porém, essas palavras são palavras distintas ora significando vida no espírito, ora vida na alma e ora vida do corpo.


 Vida no Espírito: Zoé (Chay no hebraico); vida da qualidade de Deus,
vida no espírito, vida eterna.


 Vida na Alma: Psyche (Nephesh no hebraico); vida racional, vida da alma,
a vida do homem.


 Vida no Corpo: Bios; o presente estado de existência, vida natural,
vida da carne corrompida após o pecado.


• Vemos que a Bíblia, no original, trata de cada parte especificamente. Veremos que cada uma delas tem um centro pessoal e atributos também específicos, apesar da interação muito forte entre essas partes; podemos chamar de "vidas próprias". Lembrar que ainda estamos falando do homem como foi criado originalmente por Deus.


a) Corpo


 Levítico 17:11; a vida da carne está no sangue. Algumas traduções dizem: a alma da carne está no sangue, e isso traz muita confusão. O correto é: a vida da carne está no sangue. Em várias passagens as palavras vida e alma confundem-se.


 Levítico 17:14; a vida de toda a carne é o sangue.


 Deuteronômio 12:23; o sangue é a vida.


 Gênesis 9:4; a carne com sua vida, isto é, o sangue.


• Carne refere-se ao corpo; portanto o corpo tem uma vida própria. Se uma pessoa se cortar ou se ferir, com perda grande de sangue, caso não for socorrida, inclusive com uma transfusão de sangue, a pessoa morre. Morre porque o corpo acabou? Não, morre porque o que dá vida a seu corpo, na forma atual, é o sangue.


• Muitas vezes dizemos: a alma saiu do corpo e o corpo morreu. Muitas pessoas pensam assim: porque a alma saiu, então o corpo morreu. Isso não é verdade. A Bíblia nos informa: porque o corpo morreu, a alma saiu.


 Gênesis 35:18; ao sair-lhe a alma (porque morreu).

Se fosse o contrário, ninguém cometeria suicídio. Como uma pessoa pode tirar sua alma para morrer? A pessoa se suicida, fazendo algo ao seu corpo.


• Estamos citando isso para entendermos que cada uma das três partes do homem, de certa forma, é um centro pessoal com vida própria. A vida do nosso corpo está no sangue. O corpo é um centro pessoal com vida própria; o corpo tem uma vida própria do corpo.


• Quando o corpo deixa de ter a vida do corpo, a alma então sai. Porque o corpo morreu, porque parou de funcionar, fisicamente falando (por velhice ou por algum outro problema), então a alma sai, pois não tem mais nada para fazer ali.


• Mas o que faz o corpo? O corpo possui atributos que são somente do corpo, p.ex.: andar, beber água, etc. Apesar de não separar-se da alma nem do espírito para andar ou beber água, essas funções são somente do corpo. Os cinco sentidos são funções exclusivas do corpo: ver, ouvir, cheirar, saborear e tocar.


Agora, quando digo: "eu te amo", não é uma função do corpo, é uma emoção que está ligada exclusivamente a alma.


b) Alma


• A alma é a manifestação do ser humano, é a sua personalidade. A alma é formada por: mente, emoção e vontade. O tempo todo estamos trabalhando nessas três áreas; meu intelecto (minha mente) está raciocinando, estou tendo algum tipo de emoção e a minha vontade é o resultado do que estou fazendo, é o que escolhi fazer.


• A vontade é o resultado do que a minha mente propôs. A vontade concretiza, manifesta, o que se passa em meu intelecto e em minhas emoções. Tudo o que faço, é porque exerci vontade para cumprir. A alma é o centro dos nossos problemas.


• Com nossa alma é impossível compreendermos as coisas de Deus, pois Deus colocou o espírito no homem para ter comunhão com o homem no espírito. O nosso intelecto está interligado aos nossos sentidos e quando raciocina ou quando quer entender alguma coisa, naturalmente diz: "preciso ver", "preciso entender como funciona", "se não entender como vou crer?" As coisas de Deus são espirituais e são pela fé, você não vai ver nada. Porém, o intelecto pede para ver.


• Imaginem se todas as pessoas não se manifestassem, se fossem como um poste: não abrissem a boca, não tivessem sentimento, sem intelecto, nenhuma vontade, isso seria nada, isso seria um poste. O que faz você vir aqui? Foi uma decisão na sua alma. O que fez você colocar essa roupa hoje? O que fez a sua vida estar no ponto em que está? O que faz você atrair ou não pessoas para que gostem de você? O que faz você ter problemas ou sucessos? O que faz as pessoas te conhecerem é elas relacionarem-se com você, conhecerem a manifestação do seu intelecto, a sua vontade e as suas emoções. A alma é a manifestação do homem neste planeta.


• A minha alma é o centro de comunicação com meus semelhantes; é nessa comunicação que vem amizade ou inimizade. A minha alma é a manifestação de como eu sou e não tem nada a ver com o corpo ou o espírito.


• Quando vou para um lugar tranqüilo, digo que me alegra e que traz paz para minha alma, ou então digo que não gosto de tal lugar. O corpo e o espírito não têm nada com isso, o que manifestei é um sentimento, uma emoção, e sentimento está na alma. É verdade que o corpo será levado a ver coisas, será comandado pela alma.


• A alma tem também o seu centro pessoal, ela age e vive no intelecto (na mente), nas emoções e na vontade. Na alma é que reside o nosso "livre arbitrium", a nossa vontade, que é soberana. Ela pode ser influenciada pelo corpo ou pelo espírito, mas é soberana; quando decido algo está decidido.

• Alma e corpo são muito interligados. Os cinco sentidos do corpo: ver, ouvir, cheirar, saborear e tocar, são as janelas da minha alma. O que os cinco sentidos fazem, é levar informações para minha alma. Vejo, ouço, daí reajo na minha personalidade, na minha alma.


• Podemos dizer que somos o resultado do que vemos e do que ouvimos. Por isso, precisamos selecionar o que ver e ouvir, para que a nossa manifestação seja em padrão correto. Tudo em mim entra pelo ouvido ou pelo olho (em situação normal); é levado para dentro. Então, a minha emoção e a minha mente, vão sendo treinadas para o bem ou para o mal, para rir ou ficar triste, a partir do que vejo e do que ouço.


• Eu sinto, eu quero, eu penso, são ações na alma e só na alma. O corpo tem ações físicas, porém a alma se expressa através do corpo. Quando você está alegre ou triste e as pessoas olham para seu rosto logo vão notar, pois o corpo reflete a nossa alma.


 Provérbios 15:13; o coração alegre aformoseia o rosto.


 Provérbios 2:10~11


• Se a alma influencia o corpo, o corpo também influencia a alma. Há um intercâmbio muito grande entre alma e corpo. A Bíblia chama esse intercâmbio, esse relacionamento muito próximo, de homem exterior; é a manifestação da alma influenciada pelo corpo.


 II Coríntios 4:16; o nosso homem exterior se corrompe, vai envelhecendo, vai tendo
problemas. Aqui já falando do homem caído, ou seja, após o pecado.


• Já o nosso homem interior, que é a nossa alma influenciada pelo espírito, se renova de dia em dia; isso falando para as pessoas que já aceitaram a Jesus como Salvador e têm um espírito novo, sem pecado. Veremos mais adiante que existe uma luta entre espírito e corpo, uma luta interna muito grande, para comando da alma.


• A alma, influenciada pelo corpo, preocupa-se com o mundo natural. Recebendo informações através do corpo, a alma reage para com o mundo natural e para com os nossos semelhantes. Já o espírito age e reage para com as coisas espirituais, age e reage com o mundo espiritual.


• A Bíblia define também o que se chama de homem natural (corpo + alma) e homem espiritual.


 I Coríntios 2:14~15; o homem natural não entende as coisas do espírito. Então,
com a alma e o corpo não é possível entendermos as coisas de Deus; isso é básico para entendermos tudo.


• O homem natural é assim chamado, pois a alma e o corpo comunicam-se com o mundo natural. Porém, embora o espírito fique isolado, ele está ali o tempo todo. O homem natural não tem um espírito recriado, não tem então a comunicação com o céu. O homem natural, só entende o mundo natural: o que vê, o que pode ser explicado, o que entende.


• Já o homem espiritual, é aquele que tem o seu espírito recriado. I Coríntios 2:14~16, nos fala da diferença entre homem espiritual e homem natural. O V.16 nos aponta que podemos ter a mente de Cristo. Com o nosso espírito recriado, nossa alma volta a condição de comando originalmente criada por Deus e passa então pelo processo chamado de santificação; processo esse de mudança do padrão da alma para tudo o que Deus programou. Santificação é a transferência da vida de Cristo, do padrão da Palavra de Deus, para nossa vida; é por isso que mudamos. Quando isso acontece, passamos a viver o que Paulo nos disse em Gálatas 2:20

O Maná do Deserto


- Deuteronômio 8:3: Sim, ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que nem tu nem teus pais conhecíeis; para te dar a entender que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor, disso vive o homem.

- Quando se fala em maná, os botânicos dão dois tipos diferentes de plantas.

1º- É uma árvore da famíliadas oleóceas (família na qual pertence aquela castanha verde que dá nos sombreiros à beira-mar ), castanha está semelhante a este tipo de maná.

2º- É um líquem que apresenta um talo comestível. Líquem é o nome dado a uma associação entre alga e fungo ou cogumelo. Um exemplo de alga é aquela planta encontrada dentro dos aquários de peixes.


- Na Bíblia, o maná é dito como sendo, provavelmente, o líquem, pois é:

- Branco.

- De sabor como bolos de mel.

- Semelhantes a escamas, fino como a geada.

- Derretia-se com o sol.

- Colhido pela manhã.

- Caía após o orvalho da noite.

- Caía do céu, como as "sementes" da alga mais o fungo caem do céu levadas pelo vento, para dar uma outra planta, uma nova planta.


- O Maná na Minha Vida

- Deus teve que derrubar alimento espiritual em cima de mim para que eu o enxergasse, pois estava cego, obsecado pela alimentação cheirosa mas pobre que o mundo dava.

- No entanto, tudo que ganahava na vida não vale uma linha das Sagradas Escrituras como disse alguém.


O Maná Para os Iraelistas

- Voltando a Deut.8:3, temos as etapas do ensinamento dado por Deus aos israelitas durante 40 anos no deserto:

1) Humilhação

- Constou de primeiro uma privação de alimentos e segundo da provisão do maná, vindo diretamente de Deus, pois até aquele dia, 5740 anos atrás, para eles, uma alga específica não tinha ainda se juntado com um cogumelo específico para formar uma nova espécie. E Deus fez esta combinação saborosa ainda.

- O maná obrigou Israel a reconhecer que dependia de Deus, a fonte última da vida.


2) Não só de pão viverá o homem

Há dois tipos de vida
1- Vida fruto do bem-estar material

2- Vida fruto da Palavra de Deus


UM SEMEADOR SAIU A SEMEAR
1) Uma parte das sementes caiu no caminho - as aves comeram.

2) Outra caiu sobre as pedras - germinou mas morreu por falta de água.

3) Outra caiu no meio dos espinhos - ao crescer, os espinhos a sufocaram.

4) Outra afinal, caiu em terra boa - cresceu e produziu.


- A semente é a PALAVRA DE DEUS.

1) A que cai à beira do caminho, o diabo a tira do coração das pessoas para que ouvindo não creiam e portanto não sejam salvos.

2) A que cai sobre a pedra, não se aprofunda nos corações, pois não têm raízes fortes.

3) A que cai entre espinhos não amadurecem, pois as riquezas e deleites da vida a impedem.

4) A que cai na terra boa são os que ouvem de bom e reto coração e retêm a Palavra fazendo-a frutificar.

- As Três Primeiras semeaduras são exemplos de vida fruto do bem-estar material, com discórdias, frustações e infelicidade.
- Mas a vida que preza a Palavra de Deus e a faz frutificar é semelhante a um homem que ao edificar uma casa, fez um buraco fundo e ali fez o alicerce da casa; e, vinda a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa, e não a pode abalar, por ter sido bem construída.


3) Tudo o que procede da boca do Senhor

- É o alimento para a alma. Está aqui o alimento, é a Palavra de Deus.

- Jesus usou-a quando de sua tentação no Deserto (em Mateus 4). Ele respondeu a satanás: "Está escrito", através dessa arma o diabo foi golpeado e vencido por três vezes. Quando usamos a Palavra de Deus divinamente revelada, não há possibilidade que resvalemos.


Conclusão de Deuteronômio 8:3

- A nossa procura deve ser guiada, para o que é forte, eterno, incorruptível nem que sejamos humilhados, pois Deus prova desta maneira para que o Espírito seja mais forte, com alicerce mais profundo, inabalável.

- Fortalecei o espírito, porque toda carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; Mas a Palavra do Senhor permanece eternamente.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Aula 10 - Lição 2 - A criação do homem.

•Em Gênesis 1:26~27, a Bíblia nos informa sobre a criação do homem; uma forma simples que podemos até perder a grandeza desse ato. Já falamos do plural de "Façamos...", onde podemos ver a atuação da Tri-Unidade de Deus formando o homem.




•Agora veremos em Gênesis 2:7, a Bíblia detalhando o que se passou em Gênesis 1:26

. A Bíblia utiliza muito essa forma acerca dos grandes acontecimentos, ou seja, primeiro informa de maneira geral e depois descreve melhor, com mais detalhes, esse mesmo fato. Alguém poderia pensar tratar-se de fatos distintos, mas não são.

Gênesis 1:26 e Gênesis 2:7 mostram a criação do primeiro homem.
•Gênesis 2:7; este versículo contém as partes, podemos assim dizer, das quais compõe-se o homem: Espírito - Alma - Corpo

•O homem é diferente e superior a todas as demais criaturas que Deus criou. Podemos afirmar isso, porque de nenhuma outra criatura a Bíblia informa que foi criada à imagem e semelhança de Deus. Veremos também que nenhuma outra criatura foi criada da forma descrita em Gênesis 2:7.

•A Bíblia nos mostra que os anjos foram criados espíritos; foram feitos espíritos por criação, por composição. Deus fez os anjos espíritos.
Hebreus 1:7 e 14
Salmo 104:4

• Gênesis 2:7, diz a cerca da criação do homem:

Corpo

o "E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra"; a que parte se refere? Ao corpo. Deus pegou do pó da terra e formou um corpo. Porém, esse corpo não era um homem, era um boneco de terra.

Espírito.

o Mas o versículo continua; "e soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida". Se Deus não tivesse soprado, aquele boneco de terra estaria lá até hoje. Deus pegou aquele boneco e soprou algo de dentro Dele, (sabemos e entendemos que um sopro é de dentro de quem sopra). Quando Deus soprou, aquele boneco recebeu vida, uma vida que saiu de dentro do próprio Deus.

o Quando Deus estava soprando, Ele estava colocando naquele boneco de terra a sua própria vida. A palavra fôlego no hebraico, é a mesma palavra usada para espírito.

"neshamah"; vento, fôlego vital, inspiração divina, espírito.
o Então, quando Deus soprou o fôlego, estava colocando algo Dele no homem. Jesus disse:

João 4:24; Deus é Espírito.

o Os anjos não foram criados assim; Deus não soprou nos anjos, Ele os fez espíritos. Na criação dos anjos, Deus disse: haja anjo e houve anjo. Percebem a diferença? Os anjos são espíritos por criação, já o homem tem o seu espírito por inspiração de Deus. Deus repartiu do seu Espírito, da sua vida, com o homem.

Alma.

o Vemos no final de Gênesis 2:7; "e o homem tornou-se alma vivente."
Quando o Espírito de Deus tocou aquele boneco de terra, foi manifesta a vida no homem. O que manifesta a vida no homem é a nossa alma, a nossa personalidade. Deus soprou nas narinas o Espírito que iria trazer vida na alma e no corpo. A vida no espírito vem direto de Deus.

o Exemplo da lâmpada: apagada, não tem utilidade para nada. Quando a energia toca a lâmpada, ela manifesta-se (ninguém vê a energia). Para a lâmpada estar acesa, manifestar-se, tem que haver energia. É exatamente isso que aconteceu com aquele boneco.

• Quando a vida de Deus tocou aquele corpo, o homem passou a ser uma pessoa, uma alma vivente. Temos que saber muito bem quem somos; é de se estranhar que a maioria das pessoas, inclusive muitas convertidas, não sabem que somos uma tricotomia. Aprendemos, pois o mundo assim nos ensina, que somos dicotomia, corpo e alma, sendo a alma a nossa parte espiritual. Não é isso, alma e espírito são coisas diferentes.

• Vamos ver a Bíblia nos informando de espírito, alma e corpo:

I Tessalonicenses 5:23; espírito, alma e corpo. Ainda vemos a partícula "e" entre as
palavras.
 Hebreus 4:12;dividir alma e espírito, duas coisas distintas. Só a Palavra de
Deus é apta, é capaz, de dividir alma de espírito.
 Lucas 1:46, Maria, movida pelo Espírito Santo, fala minha alma e meu espírito.
- Minha alma engrandece, no presente.
- Meu espírito exultou, no passaddo é o correto.
Veremos por que, adiante.

• Veremos agora corpo, alma e espírito, na pessoa humana de Jesus Cristo:
 Mateus 26:12; "sobre o meu corpo..."
 Mateus 26:38; "a minha alma está triste...", tristeza é uma emoção.
Veremos que emoções são atributos da alma.

 Mateus 27:50; "... e entregou o espírito."

• Deus repartiu Seu Espírito com o homem, a Sua própria vida. O espírito daquele primeiro homem era vida de Deus nele. Quando vida tocou o corpo, o homem recebeu a sua personalidade e podia então manifestar-se na terra.

• É através da nossa alma que nos manifestamos na terra, que podemos ter comunhão (coisas em comum), comunicação com nossos semelhantes. Quando olho o corpo de alguém, não posso dizer que conheço aquela pessoa, porque a excência dele não é seu corpo, é sim seu espírito e sua alma. Só conheço realmente uma pessoa, quando convivo com ela, quando conheço a sua alma, isto é, como ela manifesta-se. Conheço realmente uma pessoa quando conheço as suas emoções, o seu intelecto, as suas vontades, e esses atributos são da alma. A manifestação de como uma pessoa é, vem através da sua alma, através da sua personalidade.

• Agora, no espírito, é onde temos comunhão com Deus. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus e isso se dá, pois temos um espírito vindo direto por inspiração de Deus. Mas Deus deu ao homem um corpo, pois havia criado um planeta físico para ser governado; o homem foi feito para ser o reflexo de Deus na terra. O homem podia ter tudo em comum com Deus, pois tinha um espírito. Ele podia entender perfeitamente a Deus, porque o espírito foi colocado nele para isso; é no espírito e só no espírito que entendemos as coisas de Deus.
 I Coríntios 2:12~15

• Não conseguimos entender as coisas de Deus em nosso intelecto, em nossa alma, é impossível. Por isso que uma pessoa sem Jesus, sem um novo espírito (o do novo nascimento), não entende as coisas de Deus, para ele essas coisas são loucuras.

• Quando entendemos isso, mais entendemos a fúria de Satanás em relação a raça humana. Deus quis repartir com o homem o seu trono, o homem foi criado para ser uma réplica de Deus aqui na terra.
 Salmo 8; de honra e de glória o coroaste, pôs tudo a seus pés; domina sobre tudo. Essa era a condição do homem quando foi criado.

• Com o espírito conheço a Deus (consciência de Deus); com a minha alma conheço meu intelecto, as emoções, as vontades, o centro decisório (consciência de si próprio, o ego); com o corpo conheço o mundo físico, o mundo material. Estudaremos em mais detalhes cada parte em separado e a interação entre elas. Podemos dizer que essas parte juntas formam um "organismo", interagem-se entre si constantemente.

Êxodo e abertura do mar vermelho




Quase que fico sem fôlego após assistir um documentário que passou ontem a noite na HBO2. Trata-se do "O Êxodo Decodificado" (The Exodus Decoded), dirigido por Sincha Jacobovici, produzido por James Cameron. - Confira no site http://www.hbo-br.tv/sinopsis.asp?ser=&prog=ALI091834 Site official: http://theexodusdecoded.com/index1.jsp


A grosso modo o documentário simplesmente PROVA, PROVA E PROVA, que a história relatada no Exôdo é puramente verdade. Desde Jacó; o José que se tornou governador do Egito; A chegada do povo Hebreu ao Egito, sua escravidão; o Moisés que o libertou; o Faraó que foi seu irmão. E mais. Não para só ai não, prova que ACONTECERAM as 10 pragas, exatamente como descrito nas Escrituras Sagradas. Mais, prova também que o Mar Vermelho se abriu e eles atravessaram, e que depois veio uma grande onda e acabou com o exército do faraó. E mais, as provas do caminho que eles fizeram. As pedras que possuem água. E até mesmo encontraram o Monte Sinai.
O documentário é um prato cheio para os cristãos, e para quem gosta de arqueologia e geologia. A filmagem, produção, os efeitos especiais são EXCELENTES, coisa de altíssimo padrão (aliás, creio que foi o melhor documentário que já vi). É filmado as pessoas, os lugares, os objetos, os escritos, até a proibida cidade de Avaris.



Eles começam provando que os hebreus foram até o lugar, que vieram do leste. E acharam muitos objetos arqueológicos comprovando isso - e o documentário os mostram e os explicam claramente. (o mais interessante é que o documentário não diz assim: "eu tenho razão", mas sim: "Está vendo, eu estou mostrando; se você vai aceitar ou não, você decide."). Após mostram, sobre José, seu pai (Jacó). Algmas questões da data. Mas tipo, não é bla bla bla. Eles mostram os artefatos, e simplesmente os explicam etc. Com diversos, cientistas, arqueólogos, pesquisadores, teólogos comentando.


Depois, mostram provas de que este povo foi libertado por Moisés. Acharam papiros egipsios que descrevem toda a história, exatamente como diz a Biblia.


Então começa a entrar as partes mais interessantes. Vem a questão da erupção do vulcão Santorine, e ele foi o que provocou todas as pragas, na exata ocorrência descrita pela a Bíblia. (e mais, algo semelhante aconteceu alguns anos atrás, em Camarões ou Marrocos (não me recordo) - eles mostram as filmagens.) E então eles acham um papiro egipsio comprovando as pragas que todas elas aconteceram, inclusive a décima praga, e que apenas os primogenitos egipsios foram os que morreram. E com as escavações, encontraram provas das pragas, provas físicas, materiais, quase como se fossem uma fotografia.


O interessante é mostrando como que as pragas ocorreram. Porque o mar ficou vermelho, e mais surpreende com uma explicação totalmente cientifica. Tudo a ver com a vulcão Santorine. Nossa! Eles explicam mais do que claramente, ainda mais que eles detalharam nos movies feito em computador mostrando detalhadamente, e totalmente didático; e comparando com o que aconteceu rescentemente. E o mais incrível, tudo ocorre na sequencia de fatos descrito na Biblia, na ordem das pragas. É uma precisão perfeita. Diria ser a famosa precisão infinita (os números irracionais), matematicamente falando, como os números: pi, e, aureo...


O mais intrigante é a última praga. Não há uma explicação ainda totalmente segura. Porém, eles demonstraram uma que é totalmente plausível. Que o gás foi liberado das falhas geológicas, e fora afixiando as pessoas. E os primogenitos egipsios, eles dormiam nas partes mais baixas. E isso explica bem porque eles morreram; mas não explica porque os hebreus não sofreram NADA, NEHUM POUCO, nem com as outras pragas. E também acharam provas que o filho do Faraó morreu jovem.


Depois mostram um hierógrifo que conta todo o exodo na visão do Faraó. E até ensinam um pouco a lê-lo, o significado dos símbolos. E diz lá, que o mar vermelho se abriu em dois, e que depois se fechou com suas tropas. E mais, diz a localização EXATA de onde aquilo aconteceu. Então vão até o local (claro, sempre filmando tudo), e mostram que o lugar na verdade é um lago, o Yam Suf (onde tem até um significado o nome, se não me engano é "Onde Deus tragou tudo"). Mas o local era um ponto onde as águas salgadas do Mar Vermelho se encontravam com as do lago - por isso a indistinção. E então, o que acharam nas suas profundesas? Espadas, armas, artigos egipsios e hebreus. E mais, até explicam como foi que ele se abriu em dois, e formou uma porção seca, suficiente para os milhares de hebreus passarem. (até mesmo, a provavel coluna de fogo). E o mais interessante, tudo tem a ver com o vulcão. E depois, que veio uma Tsunami (resultado também do vulcão). [Tudo é claramente explicado.] E nesse momento os hebreus já estavam num ponto mais alto.


Ok. Mas então, eles descobrem algumas coisas incriveis. Descobriram, que alguns dos hebreus, foram para a Grécia (encontraram um monte de coisas lá na Grécia - mostram). E mais, descobriram, que na mesma época em que os hebreus eram escravos, alguns gregos habitavam em meio aos egipsios porém de forma comercial. (é incrivel os lugares que descobriram na Grécia, como por exemplo, uma pirâmide.) E então mostram um incrivel mapa desenhado pelos gregos, que contam o êxodo. E mais, tipo uma história esculpida em desenhos pelos gregos, que relatam especialmente da abertura do mar vermelho, Moisés sendo perseguido, e aquele que o perseguia sendo tragado pelas águas e Moisés sendo livre.


Então, depois partem para o tempo que vagaram no deserto. E traçam as rotas possíveis, e com evidências, mostram qual fora a rota, na verdade há 2 possíveis, que vão exatamente pelo meio, e são meio que paralelas, e provavelmente as duas foram uma única rota. E então, mostram como foram todas as pesquisias, as evidências, os raciocinios etc. Que levaram a encontrarem o Monte Sinai, que tem aproximadamente 200m de altura e uma espécie de alditório natural. E o mais incrivel, em volta desse monte, uma enorme planicie suficiente para abrigar o povo, poço de água e um monte de altares. E claro, conseguiram filmar o lugar - apesar de ser uma area militar e que não podiam (devem ter pagado uma muta por isso). Ah! até lêem os 10 mandamentos , inclusive o sábado.


Depois partem para o santuário. E simplesmente encontram, na Grécia, a prova que o santuário existiu. Acharam miniaturas dele. E escritos gregos dizendo que foi o pessoal da tribo de Dã quem os fez (conforme diz as Escrituras).
É surpreendente. E por fim, eles encerram com uma reflexão. Não lembro exatamente as palavras mas é mais ou menos assim:
"Todas essas coincidências exatas, dito pela Biblia, comprovada pela ciência, arqueologia e geologia; e que tudo ocorreu em perfeita sincronia. Foi puramente obra do acaso da Natureza? Ou foi Deus que interveio para que tudo acontecesse exatamente como foi, o exato momento da erupção, que protegeu seu povo das pragas, e a sincronia perfeita do que aconteceu na travessia do mar vermelho?"
E eles até cotucam um pouco os ateus e céticos, dizendo +ou- assim: "Tudo que eles podem fazer é fechar os olhos e não acreditar as evidências. Pois tais implicam a existência de Deus."

Nota: Tudo isto fortaleceu ainda mais a minha fé. Mostra como Deus possui uma sabedoria infinita e que conhece o futuro, e fez com que tudo ocorresse em sincronia tanto no tempo como no espaço. Me lembra também a questão do Designe Inteligente. E a famosa analogia: "É como olhar para um relógio; é dificil acreditar que se as peças existissem, elas seriam devidamente colocadas apenas pelo acaso da natureza e resultaria num relógio. O mais provavél é que um ser inteligente montou-o, e colocou as peças no lugar."

Isso que muitos dos principais lugares da história biblica, como Jerusalem, hoje são grandes cidades e é muito embaçado eles escavarem tais lugares. Pois certamente há coisas incríveis para serem descobertas ali.

sábado, 10 de outubro de 2009

Aula 09 - CRIAÇÃO DO HOMEM e a 1a ÉPOCA - INOCÊNCIA




• Vimos em Gênesis1:1, que Deus criou os céus e a terra; e em Gênesis 1:2, a Bíblia nos informa que a terra tornou-se em caos. Estudamos o que aconteceu com a terra para tornar-se em caos; estudamos a criação dos anjos e a queda de parte deles, devido ao que chamamos de a origem do pecado no universo.


• A terra em sua criação original era na forma totalmente mineral. Vimos também que um dos seres angelicais, o querubim da guarda ungido, tinha vínculo com o planeta, pois conforme Ezequiel 28:13, esteve no Éden, jardim de Deus, o qual só poderia ser um lugar geográfico na terra.


• A partir do caos de Gênesis1:2, Deus inicia uma recriação dos céus e da terra, agora em outras condições, com vida vegetal e animal na terra como veremos. O objetivo de Deus sempre foi o de colocar na terra uma criatura que fosse a Sua imagem e semelhança.

A criação como conhecemos; a era da terra de hoje.


• 1° Dia da criação Gênesis 1:3~5
• Como haviam somente trevas na terra e céus criados originalmente, Deus agora cria a luz em meio as trevas, luz que até então vinha do próprio Deus (II Coríntios 4:6). Antes do pecado não havia trevas e toda a luz emanava do próprio Deus. É a condição que teremos na eternidade, quando o pecado estiver extinto do universo.
Isaías 60:19
Apocalipse 22:5


o Agora, após o pecado, Deus estabelece o tempo, criando o dia e a noite. Com a entrada do pecado, a terra transformou-se em caos, trevas. Deus então, criou a luz e fez separação entre a luz e as trevas. Com isso Deus pôde prosseguir com Seu plano da criação.


• Notar as palavras: "e disse Deus". Vemos nestas palavras, como Deus criou tudo pela Sua Palavra; é um princípio de Deus ordenar tudo pela Sua Palavra;
Hebreus 11:3
Salmos 33:6~9
II Pedro 3:5
Salmos 29:3~9; a voz do Senhor é poderosa
Hebreus 1:1~3


• 2° Dia da criação Gênesis 1:6~8
o Firmamento no meio das águas; o que é firmamento? De onde apareceu água?

o Se lermos Gênesis 1:2 e imaginarmos nos deslocando, a partir da terra, pelo universo como observadores, veremos uma terra sem forma e vazia, ou seja, sem criatura com vida. Avançaremos então por uma região chamada abismo, que envolve a terra e segue pelo universo. Passando pelo abismo e olhando para trás, veremos a face do abismo e serão apenas trevas, escuridão completa. Continuando o caminho, agora encontraremos muitas águas e depois o Espírito de Deus, o Espírito do Todo Poderoso, pairando sobre a face das águas, Aleluia.

• Agora, em Gênesis 1:6, Deus cria o firmamento no meio das águas, separando águas e águas. O firmamento é o hemisfério celeste, a abóbada celeste, que se estende no meio das águas, separando as águas acima do firmamento das águas abaixo do firmamento. O firmamento é a superfície esférica de separação entre o universo visível e o local da morada de Deus, que é o terceiro céu.


Jó 37:18; firmamento sólido como um espelho fundido.
Jó 26:10; limite circular sobre a superfície das águas.
II Coríntios 12:2; já vimos anteriormente a existência
de três céus.


o O primeiro céu é a atmosfera que circunda a terra e possibilita a vida no planeta; há uma divisão perfeita e esférica entre o primeiro e o segundo céu. O segundo céu é o espaço visível onde estão o sol e os planetas, as estrelas, as constelações e galáxias, terminando no firmamento, que é sólido como um espelho fundido. Portanto o universo visível tem fim, o firmamento é o seu limite. O firmamento, como um espelho, nos impede de ver a glória de Deus e o seu trono, que estão no terceiro céu.

o E as águas onde estão? A água é um elemento do terceiro céu.

Salmos 29:3; o Senhor está sobre as muitas águas.
Salmos 29:10; o Senhor está entronizado sobre o dilúvio.
Salmos 104:3; os vigamentos da morada de Deus estão
nas águas.
Salmos 148:3~4; águas que estão sobre os céus.
Jeremias 10:12~13; águas nos céus.


• 3° Dia da criação Gênesis 1:9~13
o As águas que estavam debaixo do firmamento, foram enviadas e concentradas na terra, num único lugar e formaram os mares. Deus enviou água à terra, para que pudesse haver vida vegetal e animal; "ajuntem-se num só lugar as águas". Com isso podemos concluir que só pode haver vida na terra, nos outros planetas não há vida.


• Deus estabeleceu os limites dos mares.
Jó 38 8:11; Deus questionando a Jó sobre os limites das águas.
Jeremias 5:22; limites do mar.


o Chamou Deus ao elemento seco terra. Como já havia água (fonte de vida), Deus podia agora criar a vida vegetal.Gênesis 1:11~12


• Notar que a vida vegetal foi criada por Deus perfeita, conforme as suas espécies. Cada árvore frutífera daria fruto que tinha em si a sua semente e segundo as suas espécies. A criação não carece de evolução.


• 4° Dia da criação Gênesis 1:14~19
o Deus cria os luminares no céu: sol, lua e estrelas, para separação entre dia e noite; para sinais, estações, dias e anos, e para iluminar a terra. O sol para governar o dia e a lua para governar a noite.


Gênesis 1:18; fazer separação entre a luz e as trevas, esta é a ênfase.

• 5° Dia da criação Gênesis 1:20~23


o Deus cria a vida animal nas águas e as aves para que voem no céu.
• Notar que aqui a vida também já foi criada por Deus perfeita e conforme as suas espécies. Todo ser criado iria reproduzir-se abundantemente.


• 6° Dia da criação Gênesis 1:24~31
o Aqui Deus cria os seres viventes na terra, porção seca do planeta, também segundo as suas espécies; animais domésticos, répteis e animais selvagens.
Gênesis1:24; notar a ênfase de toda a criação de Deus, que deve
reproduzir-se segundo as suas espécies.
Gênesis1:25; Deus pois, fez os animais e todos os répteis segundo as
suas espécies. A teoria da evolução contraria totalmente a
criação de Deus.


o Gênesis 1:26; como coroamento da criação, Deus cria o homem, o único ser criado conforme à imagem e semelhança de Deus. O homem foi criado para governar a terra e refletir na terra a imagem de Deus (sua formosura e sua glória) e a semelhança de Deus (seu caráter e seu comportamento).


o Notar o plural de "Façamos o homem...". Trata-se de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo; o Deus Todo-Poderoso, a Tri-Unidade de Deus.


o Deus também estabelece o domínio do homem sobre a terra; a autoridade e o domínio do homem sobre a terra, provêm de Deus.


Gênesis 1:28; a terra é sujeita ao homem assim como o domínio sobre
todos os seres vivos.


Salmos 8:3~6; a grandeza da criação do homem e o domínio debaixo de
seus pés.


Salmos 115:16; os céus são do Senhor, mas a terra Deus deu aos filhos
dos homens.


o Gênesis 1:29; Deus estabelece que o alimento do homem e dos animais seriam ervas e frutos das árvores. Mais adiante,Gênesis 9:3, Deus determina também a carne de animais como alimento.


o Gênesis 1:31; "e viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom..."


• 7° Dia da criação Gênesis 2:1~3
o Deus descansou nesse dia de toda a obra que fizera.


• Notas finais:
o A Bíblia diz que nunca ninguém viu a Deus.
I João 4:12
I Timóteo 6:16
João 1:18


o Mas a criação de Deus o revela e o homem é inescusável quanto a não reconhecê-lo como Deus criador e Todo-Poderoso, deturpando a verdade da criação:
Salmos 19:1~6
Romanos 1:18~25


o As promessas de Deus são tão verdadeiras, que o pacto com Israel e sua restauração, estão vinculados ao equilíbrio e a ordem do universo;
Jeremias 31:33~37


o Outros textos relacionados com a grandeza da criação de Deus:
Provérbios 8:22~30
Salmos 148
Salmos 136:3~9
Salmos 104

10 Pragas do Egito


Estas terríveis pragas tiveram por fim levar Faraó (Faraó, era o título dado ao monarca do Egito) a reconhecer e a confessar que o Deus dos hebreus era supremo, estando o seu poder acima da nação mais poderosa que era então o Egito (Ex 9.16; 1Sm 4.8) cujos habitantes deveriam ser julgados pela sua crueldade e grosseira idolatria.

1 - Águas em Sangue:
Os egípcios tributavam honras divinas ao rio Nilo, e reverenciavam-no como o primeiro dos seus deuses. Diziam que ele era o rival do céu, visto como regava a terra sem o auxílio de nuvens e de chuva. O fato de se tornar em sangue a água do sagrado rio, durante sete dias, era uma calamidade, que foi causa de consternação e terror. (Ex 7.14...)

2- A praga das rãs:
Na praga das rãs foi o próprio rio sagrado um ativo instrumento de castigo, juntamente com outros dos seus deuses. A rã era um animal consagrado ao Sol, sendo considerada um emblema de divina inspiração nas suas intumescências. O repentino desaparecimento da praga foi uma prova tão forte do poder de Deus, como o seu aparecimento. (Ex 8.1...)

3- Piolhos:
A praga dos piolhos foi particularmente uma coisa horrorosa para o povo egípcio, tão escrupulosamente asseado e limpo. Dum modo especial os sacerdotes rapavam o pelo de todo o corpo de três em três dias, a fim de que nenhum parasitos pudessem achar-se neles, enquanto serviam os seus deuses. Esta praga abalou os próprios magos, pois que, em conseqüência da pequenez desses insetos, eles não podiam produzi-los pela ligeireza de mãos, sendo obrigados a confessar que estava ali o "dedo de Deus" (Ex 8.19).

4- Moscas:
As três primeiras pragas sofrem-nas os egípcios juntamente com os israelitas, mas por ocasião da separou Deus o povo que tinha escolhido (Ex 8.20-23). Este milagre seria, em parte, contra os sagrados escaravelhos, adorados no Egito.

5- Peste no gado:
A quinta praga se declarou no dia seguinte, em conformidade com a determinação divina (Ex 9.1). Outra vez é feita uma distinção entre os egípcios e os seus cativos. O gado dos primeiros é inteiramente destruído, escapando à mortandade o dos israelitas. Este milagre foi diretamente operado pela mão de Deus, sem a intervenção de Arão, embora Moisés fosse mandado a Faraó com o usual aviso.

6- Úlceras e tumores:
(Ex 9.8) A sexta praga mostra que, da parte de Deus, tinha aumentado a severidade contra um monarca obstinado, de coração pérfido. E aparecia agora também Moisés como executor das ordens divinas; com efeito, tendo ele arremessado no ar, na presença de Faraó, uma mão cheia de cinzas, caiu uma praga de úlceras sobre o povo. Foi um ato significativo. A dispersão de cinzas devia recorda aos egípcios o que eles costumavam fazer no sacrifício de vítimas humanas, concorrendo o ar, que era também uma divindade egípcia, para disseminar a doença.

7- A Saraiva:
(Ex 9.22) Houve, com certeza. algum intervalo entre esta e a do nº 6, porque os egípcios tiveram tempo de ir buscar mais gado à terra de Gósen, onde estavam os israelitas. É também evidente que os egípcios tinham por esta ocasião um salutar temor de Deus de Israel, e a tempo precaveram-se contra a terrível praga dos trovões e da saraiva. (Ex 9.20).

8- Os gafanhotos:
Esta praga atacou o reino vegetal. Foi um castigo mais terrível que os outros, porque a alimentação do povo constava quase inteiramente de vegetais. Nesta ocasião os conselheiros de Faraó pediram com instância ao rei que se conformasse com o desejo dos mensageiros de Deus, fazendo-lhes ver que o país já tinha sofrido demasiadamente (Ex 10.7). Faraó cedeu até certo ponto, permitindo que somente saíssem do Egito os homens; mas mesmo isto foi feito com tão má vontade que mandou sair da sua presença a Moisés e Arão (Ex 10.7-11). Foi então que uma vez mais estendeu Moisés o seu braço à ordem de Deus, cobrindo-se a terra de gafanhotos, destruidores de toda a vegetação que tinha escapado da praga da saraiva. Outra vez prometeu o monarca que deixaria sair os israelitas, mas sendo a praga removida, não cumpriu a sua palavra.

9- Três dias de escuridão:
A praga das trevas mostraria a falta de poder do deus do sol, ao qual os egípcios prestavam culto. Caiu intempestivamente a nova praga sobre os egípcios, havendo uma horrorosa escuridão sobre a terra durante 3 dias (Ex 10.21). Mas, os israelitas tinham luz nas suas habitações. Faraó já consentia que todo o povo deixasse o Egito, devendo contudo, ficar o gado. Moisés, porém rejeitou tal solução. Sendo dessa forma a cegueira do rei, anunciou a última e a mais terrível praga que seria a destruição dos primogênitos do Egito (Ex 10.24-11.8). Afastou-se Moisés irritado da presença de Faraó cujo coração estava ainda endurecido (Ex 11.9,10).


10- A morte dos primogênitos:
Foi esta a última e decisiva praga (Ex 11.1). E foi, também, a mais claramente infligida pela direta ação de Deus, não só porque não teve relação alguma com qualquer fenômeno natural, mas também porque ocorreu sem a intervenção de qualquer agência conhecida. Mesmo as famílias, onde não havia crianças, foram afligidas com a morte dos primogênitos dos animais. Os israelitas foram protegidos, ficando livres da ação do anjo exterminador, pela obediência às especiais disposições divinas.

sábado, 26 de setembro de 2009

Aula 8 - A Aliança Eterna


A Aliança Eterna

• Como já dissemos, Deus sabia como tudo iria acontecer antes da criação do mundo e criação das suas criaturas, Deus é Onisciente. Mas Deus quis criar seres livres para conviver com eles e sabia que iriam pecar e que não poderia intervir.

• Vimos que 1/3 dos anjos, após o teste da livre vontade, caíram juntamente com Lúcifer. Não houve plano de salvação para os anjos, devido a conviverem diretamente com Deus.

• Mas Deus iria criar o homem e sabia que também o homem iria cair. Qualquer criatura livre que Deus criasse, iria cair. Mas Deus amou o homem de tal maneira, que antes de criá-lo, arquitetou um plano para salvá-lo. Deus quis redimir o homem e desfazer tudo aquilo que sabia iria acontecer.

• Na "eternidade passada", aconteceu a coisa mais importante para a raça humana, antes mesmo do homem ser criado. A Bíblia nos mostra que uma das pessoas da Tri-Unidade, Deus o Filho, ofereceu-se para fazer essa redenção. Deus aceitou a oferta e fez o plano.

• Quando Jesus ofereceu-se, foi feita uma "Aliança Eterna". No céu, na "eternidade passada", foi feita uma Aliança entre Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo; uma Aliança onde comprometiam-se entre Eles, a salvar o homem que iria ser criado.

• É por causa dessa Aliança que o homem é salvo. É essa Aliança que está sendo colocada no tempo para o homem. Através da Bíblia Deus está nos informando acerca dessa Aliança; a Bíblia é o livro da Aliança.

• Testamento é uma palavra para Aliança; por isso temos V.T. e N.T. Porém, é uma só Aliança, são dois passos de uma mesma Aliança.

 Isaías 46:9~10; Deus anuncia as coisas desde o princípio.
 Miquéias 5:2; Jesus conhecido desde os dias da eternidade.
 II Timóteo 1:7~10; A graça dada em Jesus, antes dos tempos eternos.
 Tito 1:1~3; Vida eterna, a qual Deus que não pode mentir, prometeu antes dos tempos eternos. V. 3; e manifestou no tempo próprio.

 I Pedro 1:18~20; O sangue de Jesus é conhecido antes da fundação do mundo,
mas manifesto no fim dos tempos por amor de vós.

• Isso aconteceu quando Deus disse que iria criar o homem e salvá-lo. Ele sabia que o homem se perderia, mas Jesus falou: "Eu estou aqui, ó Deus, para fazer a sua vontade." Jesus não veio ao mundo como solução, Jesus é a solução antes da fundação do mundo.

 Salmo 40:6~8;palavras de Jesus registradas, as quais Ele disse antes da fundação do mundo.

 Hebreus 10; desenvolve o tema do Salmo 40.
 Hebreus 10:1~10;sangue de bode e touros não tira pecado.
 João 1:29; mas, quando João Batista viu Jesus Cristo, numa nação em que o pecado era resolvido através de morte e sacrifício de animais, de cordeiros, disse: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo."
 Apocalipse 13:8; O Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

• Quando o homem pecou, a sentença sobre ele seria a morte. Porém, o pecado contaminou o homem de tal forma, que seu sangue não poderia ir ao céu para fazer expiação, ou seja, sofrer as conseqüências pelo pecado. Alguém deveria morrer em seu lugar.

• É através do sangue que há remissão dos pecados:

 Hebreus 9:22; sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados.
 Levítico 17:11; é o sangue que faz expiação pela vida.
 Hebreus 9:11~12;o sangue de Jesus diante de Deus como redenção eterna.
 Apocalipse 5:9~10;Jesus dando o sangue para nos comprar de volta.
 Apocalipse 12:10~11; nós vencemos o Diabo pelo sangue do Cordeiro.

• Então, o Senhor Jesus ofereceu-se como substituto e disse: "Eis-me aqui, ó Deus meu, para fazer a tua vontade."

• A vontade de Deus é a salvação do homem. Jesus quis agradar ao Pai, tornando-se homem e tomando sobre Si os nossos pecados.

 João 1:1~5 e 14; o Verbo se fez carne. Jesus é a própria Palavra de Deus.
Apocalipse 19:13; mostra Jesus na sua volta; o Verbo de Deus.
 Filipenses 2:5~11;Jesus abdicou de sua condição de Deus e se fez homem; humilhou-se a Si mesmo e Deus o exaltou sobre todos.
 Colossences 1:9~20; Jesus é a nossa redenção. Ele é antes de todas as coisas e
nele subsistem todas as coisas.

• Esta é a "Aliança Eterna" que Deus está colocando na história, está aplicando para aqueles que crêem. Todos os que crêem em Jesus, fazem parte desta Aliança de sangue, "A Aliança do Senhor Jesus".

• Por isso, quando Jesus instituiu a ceia Ele disse:

 Lucas 22:20;é o novo pacto (testamento, aliança) em meu sangue.
 Mateus 26:28;o sangue do pacto para remissão dos pecados.
 I Coríntios 11:25;este cálice é o novo pacto no meu sangue.

Histórias de Moises

Moisés (em hebraico, Moshe, משה), profeta israelita da Bíblia Hebraica (conhecida entre os cristãos como Antigo Testamento), da Tribo de Levi. De acordo com a tradição judaico-cristã, Moisés foi o autor dos 5 primeiros livros do Antigo Testamento (veja também Pentateuco). É encarado pelos judeus como o principal legislador e um dos principais líderes religiosos. Para os muçulmanos, Moisés (em ár. Musa, موسى) foi um grande profeta.



Segundo o Livro do Êxodo, Moisés foi adotado pela filha do Faraó Seth, Thermuthis, que o encontrou enquanto se banhava no rio Nilo e o educou na corte como o princípe do Egito. Aos 40 anos, após ter matado um feitor egípcio levado pela "justa" cólera, é obrigado a partir para exílio, a fim de escapar à pena de morte. Fixa-se na região montanhosa de Midiã, situada a leste do Golfo de Acaba. Por lá acabou casando-se com Séfora e com ela teve um filho chamado de Gérson. Quarenta anos depois, no Monte de Horebe, ele depara-se com uma sarsa ardente que queimava mas não se consumia e assim é finalmente "comissionado pelo Deus de Abraão" como o "Libertador de Israel".



Ele conduziu o povo de Israel até ao limiar de Canaã, a Terra Prometida a Abraão. No início da jornada, acurralados pelo Faraó, que se arrependera de te-los deixado partir, ocorre um dos fatos mais conhecidos da Bíblia: A divisão das águas do Mar Vermelho, para que o povo, por terra seca, fugisse dos egípcios, que tentando o mesmo, se afogaram. Logo no início da jornada, no Monte de Horebe, na Península do Sinai, Moisés recebeu as Tábuas dos Dez Mandamentos do Deus de Abraão, escritos "pelo dedo de Deus". As tábuas eram guardadas na Arca do Concerto. Depois, o código de leis é ampliado para cerca de 600 leis. É comumente chamado de Lei Mosaica. Os judeus, porém, a consideram como a Lei (em hebr. Toráh) de Deus dada a Israel por intermédio de Moisés. Em seguida, os israelitas vagaram pelo deserto por 40 anos até chegarem a Canaã.

Durante 40 anos (segundo a maioria dos historiadores, no período entre 1250 a.C. e 1210 a.C.), conduz o povo de Israel na peregrinação pelo deserto. Moisés morre aos 120 anos, após contemplar a terra de Canaã no alto do Monte Nebo, na Planície de Moabe. Josué, o ajudante, sucede-lhe como líder, chefiando a conquista de territórios na Transjordânia e de Canaã.
No Cristianismo, Moisés prefigura o "Moisés Maior", o prometido Messias (em grego, o Cristo). O relato do Êxodo de Israel, sob a liderança por Moisés, prefigura a libertação da escravidão do pecado, passando os cristãos a usufruir a liberdade gloriosa pertencente aos filhos de Deus.
Nome de Moisés
A origem do nome Moisés é controversa. As evidências apontam para a origem egípcia do nome sem o elemento teofórico. Més (ou na forma grega, mais divulgada, Mósis), deriva da raiz substantiva ms (criança ou filho), correlata da forma verbal msy, que significa "gerar" (note-se que na língua egípcia, à semelhança de outras do Próximo Oriente, a escrita renunciava ao uso das vogais). Més significa assim "gerado", "nascido" ou "filho". Tome-se como exemplo os nomes dos faraós Ahmés (Amósis), que significa "filho de [deus] Amon-Rá", Tutmés (Tutmósis), significando ("filho de [deus] Tut), ou ainda Ramsés, com o significado de "filho de [deus] Rá".
De acordo com Êxodo 2:10 (ALA), é explicado que "quando o menino era já grande, ela [a mãe natural] o trouxe à filha de Faraó, a qual o adoptou; e lhe chamou Moisés, dizendo: Porque das águas o tirei." Para os judeus, o nome Moisés, em hebr. Móshe (מֹשֶׁה), é associado homofonicamente ao verbo hebr. mashah, que têm o significado de "tirar". Na etimologia judaica popular, têm o significado de "retirado [isto é, salvo]" da água. Veja também Antiguidades Judaicas, Flávio Josefo, Livro II, Cap. 9 § 6.



Estudiosos da História acreditam que o período que Moisés passou entre os egípcios serviu para que ele aprendesse o conceito do "Monoteísmo", criado pelo faraó Akhenaton, o faraó revolucionário, levando tal conceito ao povo judeu.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Aula 7 - VISÃO PANORÂMICA DA BÍBLIA (introdução) e A ALIANÇA ETERNA




• Para facilitar o estudo da Bíblia, vamos estudá-la por períodos. Se não distinguirmos bem esses períodos, fica muito difícil de se compreender a Bíblia.
• Os períodos são definidos em ordem cronológica, ao longo da história da humanidade, facilitando o seu entendimento.

a) Deus e o tempo
• Deus na "eternidade passada", cria o tempo. Podemos ver em Gênesis:
 Gênesis 1:3~5; Deus cria a luz e chama a luz dia e as trevas noite.
 Gênesis 1:14; Deus coloca luminares no céu para separar o dia da noite,
e para que sejam por sinais, estações, dias e anos.
• Deus está fora do tempo. Vemos na figura a palavra "eternidade" envolvendo o tempo; poderíamos dizer, só para elucidação: "eternidade passada" e "eternidade futura".

• Nós estamos sujeitos aos termos presente, passado e futuro, mas Deus não. Para Deus tudo está pronto, tudo é presente.

• É difícil entendermos, pois não faz parte da nossa experiência natural. Se Deus falasse a nós e se manifestasse em termos de eternidade, não entenderíamos nada. Deus tem que nos falar em nossos termos, pois somos seres limitados.

• Se nos perguntarmos: O que é eternidade?, responderíamos:

• É algo que nunca teve começo. Como nunca teve começo, para nós é mais lógico que tudo tenha um começo!

• É algo que nunca terá fim. Como nunca terá fim, para nós é mais fácil crermos que tudo tem fim!

• Mas Deus é Auto-existente, Ele sempre existiu e nunca deixará de existir.

• Deus está fora do tempo, já criou todas as coisas. Para Ele está tudo pronto, mas aqui no tempo e no espaço, tudo está se desenrolando para o homem. Deus é Onisciente, Onipresente e Onipotente (sabe todas as coisas, está em todo o lugar e pode todas as coisas). Quando criou tudo, não estava sujeito ao tempo. Deus não começou criando e esperou, como se existisse presente, passado e futuro; isso, é nós que estamos vivenciando. Para Deus está tudo pronto, Ele anuncia o que vai acontecer antes de acontecer.
 Salmo 139; Deus nos conhece antes de nascermos e em tudo que fazemos.
 I Coríntios 2:7; a sabedoria de Deus pré-ordenada antes dos séculos.
b) As eras

• Eras são definidas como sendo períodos, ao longo do tempo, marcados por modificações físicas (geológicas) profundas na terra.
Vemos na figura as seguintes eras:

• Terra original, mineral; Gênesis 1:1
Terra em caos; Gênesis 1:2  Por causa do pecado dos Anjos.

• Terra vegetal; Gênesis 1:3~27
A era do dilúvio; Gênesis 7:6~8:14 Por causa do pecado da raça humana.
A divisão dos continentes Gênesis 10:25

. O milênio; Isaías 35:1~2 Como o pecado estará restringido, a terra será farta.

.Fogo eterno; II Pedro 3:7~13 O pecado será liberado para haver o juízo eterno.

.Nova terra; Apocalipse 21:1 A terra é a habitação final do homem em comunhão com Deus.

• Notar que nunca existiram as eras proterozóica, paleozóica, mesozóica e cenozóica, as quais fazem parte das doutrinas falsamente chamadas ciência;  I Timóteo 6:20~21
Deus não é contra a ciência; aqui trata-se de doutrina falsa, doutrina falsamente chamada de ciência.
c) As épocas ou dispensações ou períodos

• São períodos de tempo bem definidos na Bíblia, que determinam formas diferentes de Deus relacionar-se e revelar-se à raça humana, ao longo da história da humanidade.

• É Deus agindo num plano organizado, contínuo e claro, de Gênesis à Apocalipse, programado antes da fundação do mundo, com o objetivo único de resgatar o homem e o planeta terra.

• Toda vez que acaba uma época, um período, há um juízo da parte de Deus. Vamos ver como Deus apresenta seu plano e Satanás apresenta o seu, semelhante, para confundir o homem e desviá-lo do caminho de volta. Deus tem que intervir para prosseguir com seu plano redentor.

• A Bíblia diz que ninguém vai frustar os planos de Deus, Ele fará todo o seu conselho até o fim. Isaías 46:9~10

• Você pode pensar: será que Deus erra, será que Ele tenta fazer de uma forma e depois muda, pois não deu certo? Não é isso, absolutamente. Deus, agindo através do tempo, mostra um único plano. Desde o primeiro instante, após a queda do homem, Deus estende sua mão para arrancá-lo de Satanás, pois o homem tornou-se escravo de Satanás na queda.

• A prova de que há começo, meio e fim é:
 Gênesis 1:1; No princípio criou Deus os céus e a terra.
 Apocalipse 21:1 E vi um novo céu e uma nova terra... (os 2 últimos capítulos da
Bíblia, descrevem sucintamente como é este novo céu e nova terra).
Entre Gênesis 1:1 e Apocalipse 21:1, veremos Deus resgatando o homem através de seu plano redentor. Deus, por sua Onisciência, sabia que iria acontecer dessa forma porém, prosseguiu criando seres livres e não poderia intervir como já estudamos. Deus está executando seu plano de forma perfeita, onde no final teremos uma criação perfeita, sem possibilidade de pecar e cair novamente.

• Em todo começo de período, Deus revela ao homem Sua vontade. Essa revelação é bem organizada, como tudo que faz, e se manifestará em três áreas:
GOVERNO - PALAVRA - ADORAÇÃO
 Área do governo;  como o homem deve governar a terra, os seus bens, o seu país.
 Área da palavra;  o que o homem deve proclamar.
 Área da adoração;  a forma como adorar a Deus.

• As épocas, períodos ou dispensações, da revelação do plano de Deus ao homem são:

1a) Inocência;  Inicia com a criação do homem e termina com sua queda e julgamento Gênesis 2 e 3 Juízo; Expulsão do Éden.

2a) Consciência;  Período entre a queda e o dilúvio. O homem reconhece o bem e o mal, porém decide-se pelo mal. Gênesis 3:7~7:2 Juízo; O dilúvio.

3a) Nações, autoridade humana; Abrange o tempo entre o final do dilúvio até a construção da torre de Babel. Gênesis 9:11~11:9 Juízo; A confusão das línguas.

4a) Promessa;  Começa com a promessa outorgada por Deus a Abraão, exigindo-se em contrapartida a fé; Gênesis 12~Êxodos1 Juízo; Cativeiro egípcio.

5a) Lei;  Tem seu início com a entrega dos mandamentos no Sinai (Êxodos 19), e termina no Gólgota com a morte de Cristo. Romanos 10:4  Gálatas 3:13
Juízo; Dispersão mundial dos judeus. Deus profetizou bem antes; Deuteronômio 28:63~64

6a) Graça; a Igreja; Abrange desde a morte de Jesus Cristo, até o arrebatamento
da Igreja. Ver em Atos 2 a descida do Espírito Santo. Juízo; Arrebatamento da Igreja e tribulação para os remanescentes.

7a) Milênio;  Principia com a vinda de Jesus em majestade e glória (Mateus 25:31 e Apocalipse 19:11~16), e termina com o juízo final diante do trono branco,  Apocalipse 20:11~15. A isto segue-se o eterno e imutável estado de novo céu e
nova terra,  Apocalipse 21~22:5. Juízo; Destruição pelo lago do fogo dos céus e da terra.

ÊXODO – A escravidão dos hebreus no Egito


Livro do Êxodo

Moisés, obra de José de RiberaTorá | Neviim | Ketuvim
Livros da Torá
Bereshit Gênesis
Shemot Êxodo
Vayikrá Levítico
Bamidbar Números
Devarim Deuteronômio


Êxodo (do latim tardio exŏdus do grego ἔξοδος, composto de ἐξ "fora" e ὁδός "via, caminho") é o segundo livro do Antigo Testamento e do Pentateuco.[1][2] A sua autoria é atribuída ao profeta Moisés pela tradição judaico-cristã.

Índice [esconder]
1 Título
2 Data
3 Estudo
4 Objetivo
5 Conteúdo
5.1 A Escravidão e Moisés
5.2 O Êxodo e a Jornada a Israel
5.3 No Sinai: As Leis e o Tabernáculo
6 Referências





1 - Título

O termo "Êxodo" deriva da versão Septuaginta Grega (LXX), de procurava intitular os livros a partir do seu conteúdo. O seu nome em hebraico é Shemôtht, que significa "Nomes", de acordo com o costume de judaico de intitular os livros a partir das suas palavas iniciais. (Êxodo 1:1 - "Estes são os nomes …"; em língua hebraica We élleh shemôtht)

2 - Data

De acordo com a tradição, o Êxodo e os outros quatro livros da Torá foram escritos por Moisés na segunda metade do 2º milênio a.C. Estudiosos modernos da Bíblia veem que o texto terminou de ser escrito por volta de 450 a.C.

Ainda que a Bíblia não cita o faraó do Êxodo por seu nome, é dada a data exata do Êxodo. Em 1 Reis 6:1 se lê que Salomão começou a construir o Templo no quarto ano de seu reinado, 480 anos depois que os filhos de Israel saíram do Egito. A maioria dos estudiosos da Bíblia estimam que o quarto ano do reinado de Salomão foi o ano 967 a.C. Logo a data do Êxodo foi 1447 a.C. (967 + 480), quando governava Tutmosis III, mas não há nenhum documento nem resto arqueológico egípcio que confirme este excepcional acontecimento.

3 - Estudo

Como em muitos outros livros históricos, a história que é narrada aqui está muito longe da definição científica moderna, pois se trata de uma história religiosa e cultural e não bélica, diplomática ou política.


4 - Objetivo

O principal propósito do Êxodo é manter vivo na memória do povo hebreu o feito da fundação de si mesmo como nação: a saída do Egito e a consequente libertação da escravidão. Através de sua fuga e a busca da Terra Prometida, o judeu adquire consciência de sua unidade étnica, filosófica, cultural e religiosa pela primeira vez.

O Êxodo estabelece também as bases da liturgia e do culto, e está dominado em toda sua extensão pela figura do legislador e condutor, o patriarca Moisés.


5 - Conteúdo

Êxodo dá continuidade à narrativa iniciada em Gênesis. Relata o início da escravidão do povo de Israel no Egipto, sua posterior libertação e aliança com Deus no Monte Horebe,[3] na Península do Sinai, onde Deus entrega a Moisés as duas tábuas de pedra contendo os Dez Mandamentos. Também narra o nascimento e a vida de Moisés.


5.1 - A Escravidão e Moisés

Depois da morte de José e de toda a sua geração, subiu ao trono do Egipto um novo Faraó - e muito provavelmente uma nova Dinastia - "que não sabia nada a respeito de José." (1:6,8 BLH) Segundo o relato bíblico, o Faraó disse ao seu povo: "Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. Vamos, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se ajunte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra." (1:9,10 ALA)

Com esse fim designaram sobre eles, chefes de trabalhos forçados com o objetivo de os oprimir; de tornar a sua vida penosa. Segundo o relato bíblico, os israelitas trabalham na construção das cidades de Pitom (ou Pi-Atum, que significa "Casa de [deus] Atum") e Ramsés (que significa "Casa do Filho de [deus] Rá"; ou Pi-Ramsés-Meri-Amon), que seriam locais para armazenagem de cereais. Ambas cidades situavam-se na fronteira oriental do Delta do Nilo. A cidade de Pi-Ramsés seria a Avaris mencionada no relato do sacerdote e historiador egípcio Manéto.

Quanto mais os egípcios os oprimiam, tanto mais eles se multiplicavam, a ponto de os egípcios temerem uma rebelião. (1:12-14) Para conter o preocupante aumento da população masculina entre os israelitas, o Faraó terá ordenado que todo menino israelita recém nascido fosse morto. (1:15-22). É neste contexto que surge o nascimento de Moisés. Uma mulher levita (da tribo de Levi) consegue salvar seu bebê o deixando sem rumo no rio Nilo em uma arca de junco. Então a filha do Faraó acha o bebê, e dá a ele o nome de Moisés (traduzido como Salvado das águas). Moisés cresceu dentro da sociedade egípcia, mas depois se solidariza com os israelitas, ao matar um egípcio que estava batendo em um israelita.

Então foge do país e vai para Midiã.[4] Lá ele casa, e depois, converte-se em pastor do sacerdote Jetro (chamado Reuel, em outra parte do Êxodo) e por sua vez Moisés chega a ser marido da filha de Jetro, Cífora. Enquanto rebanhava o bando de ovelhas de seu sogro Jetro[5] no Monte Horebe,[3] encontra Deus na forma de um arbusto queimando. Deus revela seu nome, Yahweh (ou Javé), a Moisés, e diz que ele deve voltar ao Egito e liderar a fuga dos hebreus rumo à Terra Prometida de Abraão (Canaã).

Moisés retorna ao Egito, e Deus instrui ele a aparecer diante do faraó e informar ele da exigência de Deus de que ele deixe o povo de Deus partir. Moisés e seu irmão Arão fazem isso, mas o faraó recusa o pedido e oprime ainda mais os hebreus. Moisés fala a Deus e Deus diz que os hebreus conseguirão deixar o Egito.[6] Deus envia uma série de pragas sobre o Egito, mas o faraó insiste em recusar.[7] Deus instrui Moisés a instituir o sacrifício da Passagem entre os hebreus, e mata todos os primogênitos egípcios e seus gados, mas evita as casas dos israelitas, que haviam marcado as portas de suas casas com sangue de cordeiro. O faraó reconhece sua derrota e então concorda em deixar os hebreus partirem.[8]

Moisés explica o significado da Passagem: é para a salvação de Israel do Egito, então os hebreus não irão requerir o sacrifício dos seus próprios filhos, mas para redimir eles.

Passaria exactamente 80 anos, até os israelitas serem libertados do Egipto.


5.2 - O Êxodo e a Jornada a Israel
O Êxodo inicia. Os hebreus, 600,000 homens mais mulheres e crianças e uma multidão misturada, com suas manadas e rebanhos, foram para a montanha de Deus.

O faraó persegue os hebreus, e Yahweh destrói o exército do faraó ao cruzar o Yam Suf (Mar Vermelho). Os hebreus comemoram. Em Repidim, ele providencia água milagrosamente da rocha de Meribah (Massah). Os hebreus chegam à montanha de Deus, onde o sogro de Moisés, Jetro, o visita; para ele Moisés aponta julgamentos sobre Israel.

O povo de Israel organiza o acampamento em Sucote, e dali caminha até ao Etão, no limite do deserto, onde acamparam. (13:17,18,20) Sucote estava evidentemente a um dia de jornada (32 a 48 km) do Etão que é acreditado que se estende ao longo do lado Norte da Península do Sinai.

Retrocedem e acampam diante de Pi-Hairote, entre Migdol e "o mar", à vista de Baal-Zefom [ou seja, a fronteira Norte]. É o último lugar antes da travessia do mar Vermelho. (14:1-3) Crê-se que Migdol seja a pronúncia egipcia do hebraico mighdal, que significa "torre", devendo referir-se a um posto militar ou torre de vigia na fronteira egipcia. Numa das Cartas de Tell-Amarna é mencionado Maagdali.

Após a travessia do Mar Vermelho, entram no Ermo do Sur. Sur ou Shûr, significa "muro" ou 'muralha". Depois de três dias de caminhada, chegam ao Oásis de Mara, em árabe Ani Hawarah, onde as águas eram amargas. Mara significa "amarga", devido à sua água ser salobre e sulfurosa, não potável. Andando 24 quilômetros mais para Sul, chegaram ao Oásis de Elim, em árabe Wadi Garandel, com doze fontes de água e setenta palmeiras. Elim significa "árvores grandes [sagradas]". (15:22,23,27)

Atravessam o Ermo de Sim junto ao mar Vermelho, entre o Oásis de Elim e o Monte Horebe (Sinai), hoje a planíce de El Kaa. Acamparam a Dofca, e depois em Alush, e finalmente, no oásis de Refidim. Dafca é actualmente chamada em árabe de Serábit el-Chadem. Era um antigo centro egípcio de extração de cobre e de turquesas e onde havia fornos de fundição. Segundo os filólogos, Dofca é um nome hebraico que equivale a "fornos de fundição". Alush é um local não identificado entre Dofca e Refidim.

A questão das codornizes como o maná, tal como descritos no texto bíblico, são um acontecimento local natural. Somente as suas circunstâncias (tempo, duração, quantidade, etc …) que tornam estes factos em parte milagrosos ou inexplicáveis. O mesmo se aplica ao fenómeno da "água brotar da rocha".
Foi em Refidim, a actual wadi Feiran dos árabes, a noroeste do Monte Horebe. Foi aqui que ocorreu o episódio de "água brotar da rocha" (Números 20:11). Foi o local da batalha entre Israel e os amalequitas. Josué, ajudante de Moisés, saí vitorioso. (17:1,6; Números 33:12-15) Por fim, o povo de Israel acampa junto do Monte Horebe, na Península de Sinai. Em árabe, é chamado Jebel Musa que significa "Monte de Moisés".

Tal rota "oficial" do êxodo carece de comprovação arqueológica. Alguns autores questionam o êxodo bíblico; outros apresentam rotas mais plausíveis com o texto bíblico; Existem trabalhos (como o de Ron Wyatt) que apontam a praia de Nuweiba no Golfo de Aqaba como o provável local da travessia do mar Vermelho, e o monte sagrado situado na Arábia Saudita, no local chamado em árabe de Jabel El Laws.

5.3 - No Sinai: As Leis e o Tabernáculo

No terceiro mês, os israelitas chegam ao Monte Sinai, e seu Deus os anuncia, através de Moisés, que os israelitas seriam seus filhos, porque ele os havia deixado partir com sua onipotência. Os israelitas aceitan este chamado, e logo, com trovões, relâmpagos e com o som das trompetas, e Deus aparece no cume do Monte Sinai,[9] e as pessoas viram a nuvem e "ouviram" a voz de Deus.[10] Então, Moisés e Arão supostamente subiram ao cume da montanha.[11] Então Yahweh anuncia o Decálogo (os Dez Mandamentos)[12] na escuta de toda Israel.[13]

Depois anuncia um código mais detalhado, relacionado a rituais e leis civis;[14] e promete a terra de Canaã aos israelitas se eles obedecerem,[15] mas os alerta sobre a presença do paganismo de seus habitantes.[15]

Yahweh chama Moisés no cume da montanha para receber um conjunto de tábuas de pedra contendo as leis e instruções adicionais.[16][17]

Então Yahweh dá a Moisés instruções para construir um tabernáculo no qual Deus poderá dormir permanentemente entre os hebreus, assim como instruções para as vestimentas dos sacerdotes, o altar e seus pertences, o ritual a ser usado para ordenar os sacerdotes, e os sacrifícios diários a serem oferecidos.[18] Arão é escolhido o primeiro sacerdote.[19] E todos os futuros sacerdotes deveriam vir de sua linhagem.[20] Então Yahweh dá a Moisés as duas tábuas de pedra com as instruções, escritas pelo próprio dedo de Deus. Enquanto Moisés se encontrava no cume da montanha, o povo se impacienta e exige a Arão a construção de um bezerro de ouro. Deus informa Moisés que seu povo tem se voltado contra ele, então ameaça em abandonar o povo de Israel, mas Moisés intercede por eles. No entanto, quando ele se abaixa e vê o que foi feito, fica com raiva e destrói as tábuas da lei. Depois de pronunciar o juízo contra Arão e seu povo, Moisés sobe novamente e implora a Elohim pelo perdão.[21] Em consequência, Elohim ordena a Moisés fazer duas novas tábuas, onde ele pessoalmente escreve os mandamentos. Deus entrega a ele o Decálogo, com os Dez Mandamentos. Então Moisés regressa com seu povo, e enquanto lê as leis, o povo o escuta com respeito.

Moisés reúne a congregação, e impõe o descanso do Sabbath (sábado) e solicita oferendas para o santuário. A totalidade da população responde afirmamente, e abaixo da direção de Besaleel e Aholiab, seguem todas as instruções para fazer o Tabernáculo, seu conteúdo, e a vestimenta dos sacerdotes. Os israelitas juntam todo o primeiro dia do segundo mês. Esta seção é quase uma cópia literal dos capítulos 25-31.


6 - Referências
1.↑ Echegary, J. González et ali. A Bíblia e seu contexto (em português). 2.ed. São Paulo: Edições Ave Maria, 2000. pp. 1133. 2 v. ISBN 9788527603478
2.↑ Pearlman, Myer. Através da Bíblia: Livro por Livro (em português). 23.ed. São Paulo: Editora Vida, 2006. pp. 439. ISBN 9788573671346
3.↑ 3,0 3,1 Também conhecido como Monte Sinai.
4.↑ Região desértica entre o Egito e o Negev.
5.↑ O sogro de Moisés é chamado de Reuel e Jetro na Torá, e Hobeb nos Julgamentos. Hobeb também aparece na Torá (nos Números), mas é identificado como filho de Reuel.
6.↑ Êxodo 5-6
7.↑ Êxodo 7-10
8.↑ Êxodo 11-12
9.↑ Êxodo 19
10.↑ A palavra hebraica usada aqui normalmente significa voz, mas alguns versos antes (Êxodo 19:16) é usada como sendo "trovão", no contexto do trovão e a luz da montanha. Portanto não está claro o que "beqol" significa nesta instância. A implicação de Êxodo 20:18-19 é que as pessoas ouvem somente trovões e trombetas e é por esta razão que isso aponta Moisés como seu mediador com Deus: "E todo o povo viu os trovões, e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso, retirou-se e pôs de longe. E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos." Algumas traduções colocam o "trovão" junto da "voz".
11.↑ Não está totalmente claro quem subiu a montanha - no Êxodo 19:24 está escrito que Yahweh instruiu Moisés e Arão a ir ao cume enquanto as pessoas e os padres permanecem abaixo, mas no Êxodo 19:22 os padres foram instruídos que eles podiam se aproximar de Yahweh depois de se consagrarem.
12.↑ Êxodo 20
13.↑ Uma versão um pouco diferente dos Mandamentos é dada no Deuteronômio 5, a mais notável variação sendo a razão dada para manter o Sabbath: no Êxodo, o Sabbath é mantido porque Deus fez os céus e a terra em seis dias e descansou no sétimo; no Deuteronômio, é um memorial para a partida de Israel do Egito.
14.↑ Êxodo 21:1-23:19
15.↑ 15,0 15,1 Êxodo 21-23
16.↑ Êxodo 24
17.↑ Oscar Mata Sosa, Gênesis -Em 7 Dias-, C. I, pode ser baixado de
18.↑ Êxodo 25-28
19.↑ Êxodo 28
20.↑ Levitas
21.↑ Êxodo 32-33